Carta a um amigo.

Sei que não vais ler o que tenho a te dizer, até porque nossa amizade deixou mesmo de existir ― não por minha vontade ― mas provavelmente por eu não ter mais o que te oferecer em vantagem. Custo a acreditar que eu tenha me enganado tanto a teu respeito, e a conclusão que chego é que eu fui sempre um grande idiota ou então tu foste um grande ator que soube representar magnificamente o teu papel. Entretanto, mesmo assim deixarei registrado duas perguntas e o que penso sobre elas. E se por acaso um dia tomares conhecimento me responda.
Porque destes mais valor a garantia de mantê-lo empregado, do que a minha amizade?
- Precisas saber que não fui eu que te mantinha empregado, mas sim a tua própria capacidade, mas parece que nem tu acreditava nisso.
Está valendo a pena tal decisão?
- Acredito ser difícil viver na superficialidade.
Antes de terminar quero que saibas que eu preferia mil vezes ter continuado com aquela “amizade” do que estar te escrevendo agora.
Forte abraço.

Escrito em 10/01/2007
Fernando Antonio Pereira
Enviado por Fernando Antonio Pereira em 03/11/2019
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