Estranho escrever uma carta, depois de tanto tempo sem redigi-las, porém o imperativo da emoção se apresenta e exige tal missiva.
Sei bem, o que pensas de mim, aliás, fácil saber, porque em tudo que escreves no editorial tem a marca e sempre vem a mim como um sinal.

Não sei bem o que de fato aconteceu contigo, nem imagino, tu sempre relatas em metáforas alusivas, que sofrestes por um amor, e fico a imaginar o que te causou esta sensação dolorosa a que replicas em seus escritos semanais naquele jornal local.

Falta-me coragem para te enfrentar e perguntar e talvez, seja este medo de saber de antemão a resposta que darás...por que sofrs tu, ainda por algo do passado? Fico aqui a pensar, se vc amou alguém e depois de uma lenta enfermidade a perdeu ou se o amor de vocês era tão grande e depois com o tempo esmoreceu, e ainda resta em ti o amor para com a pessoa amada, e ela talvez esteja em outra jornada...eu não sei ao certo, só percebo que tens uma dor que expressa e quer que seja mantida a seu favor, por isso vocẽ me aponta, por causa, do mesmo "pecado", pode ser isto.

Fico chateada por não poder te ajudar mais, porque eu realmente não sei o que aconteceu contigo, se foi amor proibido, amor de perdição ou outro tipo de amor que deixou assim seu coração resistente e um tanto carente...que recua quando sente que vai se apaixonar.

Quisera eu poder te ajudar, e sinto muito, muitissimo em não ser mais que uma simples leitora semanal da sua coluna, e quem sabe um dia, eu possa com meu carinho acompanhar você nesta jornada que fazes, assim de modo soturno e timido, se eu puder te ajudar , se você quiser desabafar conte comigo. Estarei sempre por aqui, pois também, não tenho outro lugar para onde ir, pelo menos por enquanto.

Deixo aqui minha apreciação pela sua atuação em temas tão polêmicos e complexos, que você adentra tão bem, de modo didático e objetivo,mas sem perder sua espiritualidade, com que emotivamente, escreves.


A ti, com carinho

Um beijo meu

P.S. Perdoe se fui um tanto aventureira na escrita, ou te causei um melindre com a lembrança, eu fiz por amor, só por isso.




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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 18/11/2019
Reeditado em 27/01/2020
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