Eu costumava

Eu costumava dizer "Eu te amo" com a mesma intensidade que me machucava, e com uma frequência ainda maior recorria aos comprimidos para diminuir a ansiedade e intensidade. E num tom muito menor minha voz ecoava ao dizer tais palavras.

Assim, eu costumava ver o universo, uma massa de solidão e distância, que, claramente, em intervalos de tempo muito curtos tratava de me embriagar de tristeza e manchas de vinho que você deixou em minha mente.

Eu não só costumava como também estou disposto a te arrancar da minha vida até que consiga respirar de novo, mesmo que signifique minha morte, mesmo que signifique a atrofia de meus sentidos à inanição dos meus sentimentos. Eu não voltaria ao passado

Eu não pretendo mais fazer o que costumava, não pretendo me enclausurar em minha mente esperando que você venha até mim um dia com os braços abertos dizendo "Eu me lembrei de você", não pretendo me privar de qualquer experiência com medo do seu julgamento e além de tudo eu não pretendo mais te amar mais do que amei a mim mesmo, não suportaria viver outra vida esperando por ti.