Carta ao mau leitor.

Quem disse que a boa poesia, precisa de rimas,

dos exageros das terminações.

Versos politicamente corretos, tornar-se-ão imperfeitos;

na visão do contumaz leitor.

Sem a alma poética, não há texto que resista a voraz leitura,

ao atropelo da vírgula, a exclusão mental das metáforas.

“Eis o que sou diante de teus olhos... letras miúdas precipitadas no vazio.”

No vai e vem frenético de seus dedos, o ponto final ficou esquecido,

juntando uma frase a outra e modificando o sentido, transferindo a idéia

central da estória para uma hipótese qualquer.

Então, leia-me verso a verso,

saboreando cada palavra,

com o olhar passivo e contemplador.

Pois, em tua altivez,

terei prazer em ser escrava

e não verás o lamento deste autor:

Ass: A Poesia

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 09/10/2007
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