Ao meu novo amor perdido.
Talvez já tenha percebido um considerável tanto de minha personalidade auto-destrutiva. A introspecção faz eu reparar em diversos outros tipos de linguagem, não somente a falada.
Na verdade, a fala é a modalidade que menos escuto.
Dessa forma, os sinais, implícitos ou não, que manifesta através de atos/fatos são suficientes para a busca da verdade, ainda que unilateral e, consequentemente, falha.
Essa posição, apesar de pretenciosa, fez-me perceber duros fatos a nosso respeito.
Sinto que não mais te faço bem.
Talvez esteja se sentindo sufocada com meu amor, meu bem querer, meu desejo. Sinto que não me deseja mais com a intensidade que ainda teimo em ter pelo teu corpo. Sinto-me morto, desmoronando de tanta inutilidade.
Amar, pra mim, é dar sem exigir. Só sei amar assim.
No entanto, estou implodindo por isso.
Tenho um amor sufocado.
E tenho extremo asco ao imaginar que esteja causando eu algum tipo de sentimento de culpa. Odeio, realmente, a simples possibilidade de que esteja a sentir pena de mim.
A maioria dos questionamentos que tinha pra enunciar já foi respondida de outra forma e por isso poupar-nos-ei de possível rispidez que um contacto discursivo real possa causar.
Não sou medroso. Mais uma vez, estou pensando em provocar o mínimo de desconforto.
Então, facilitando o desfecho, jogo a toalha e transformo a única indagação que restou em simples período:
O fim de semana acabou.