PARA MINHA MADALENA II

Mais distantes minha Madalena! Sobra-nos conversas através de fotos que não existem, de saudações que ninguém as recebia ao vivo, de beijos que ninguém sente o teor da saliva, abraços invisíveis. Lençóis molhados que ninguém sabe a razão. É um amor bosta.

Reclinado na cama, durmo e continuo a sonhar. A paz questiono dos lugares de refrão, as latas, as praças, as ruas, os jardins, religam a saudade que sinto. É uma ejaculação de todas experiênciais passadas contigo Madalena. Um sonho perene das sílabas gerais, com muitas vírgulas, pontuações, coerência, coesão e uma estilística impecável no sonho.

NESTA JANELA, vejo sinais de ruídos, fonemas de império, gestos vocais reduzidos, sua imagem que se funde numa grande intriga (sem calcinha) sem tempo, tempos sombrios vão passar.

Sydney Sindique
Enviado por Sydney Sindique em 22/07/2020
Código do texto: T7013117
Classificação de conteúdo: seguro