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CARTA ROMANCISTA 63
O jeito da libélula
Não é atrás dos sonhos que vens, isso, não é a sua fascinante realidade. Entretanto, inquestionável, seria se não houvesse as tuas veredas em meio a minha notória sensação de estar em tempestade. A alma do decoro, avança em razão da arte de se entregar previamente a loucura de saber quem realmente é. Confesso de antemão, ansiar por versos paradisíacos, uma vez ao ano.

Contudo, definir quem sou, será a questão pouco indefinido, tratando-se da existência. Por hora, apenas posso dizer: Sou quem sou, e nisso, resta toda a vã filosofia do mundo a qual tenho criado pra mim. Sou poeta, colunista, professor, amante dos belos gêneros literários e artísticos, ou seja, sou sim, o que quer que eu seja! Possuis um talismã talvez?

Pergunto, tendo em mente a indecisão. Indecisão a qual luto para torna-lo breve, e nada mais. Somente tendo algo talismânico em si, para então, causar coisas tão satisfatória, ao mesmo tempo com que, prendes em lembranças. Adorável, convenço-me o todo de uma razão, ou pensamento, a frase escrita com tinta, o próprio refúgio a qual tens te questionado, a princípio.

As noites insanas, vão se mostrando brechas da memória. Ir contra ela, não se pode, mas, apenas tê-la como somatória. Tê-la, já me garante em sua verdade. Veja! Eu tenho ao longo de dias, horas, esquecer a necessidade imensurável da obtenção do sentido da vida: o beijo. O beijo eufórico. Eufórico do jeito de voar da libélula, em ti.

Carta esta, que foi escrita a mão, contudo, ao digita-lo, sempre tem palavras a serem acrescentadas. Também, novas formas de vê-la. Então, se começa a inserir outros parágrafos, no intuito forte de ter expressões lapidadas, dos quais foram de alguma maneira, deixadas de fora. Sim, a inspiração, traduziu em vontades, o fato de seres a revelação apropriada e digna dessa construção em significados.

E, qual é a sua definição do EU? Será que existe? Tem lógica este questionamento? Desmonto-me por inteiro, diante deste momento luminoso, e, bastou algo seu, para resgatar pequenas gotas de orvalho a cair no chão da terra, permitindo ser um dos espetáculos lindos da natureza. Como a natureza humana, qual o essencial carregas? Há frutos desconhecidos?

O universo não pode responder. Somente tens a chave para tal. Então, abra a porta! Mesmo não sabendo nada a respeito, talvez nunca saiba, terei o prazer de estar escrevendo muitas correspondências do interior reluzente de mim, e ela tem tanta sede, que seria quase uma morte súbita não a saciar. Não vou priva-la de suas ansiedades, sejam quais forem elas.

 06/09/2020.
Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 29/09/2020
Código do texto: T7075452
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