Complacente

Eu queria ser a maluca que eles pensam que eu sou.

Eu queria ser a louca que eles me julgam ser.

Agiria de forma exata e sem compaixão em cima de cada atitude onde eu fui ferida.

Eu queria ter a audácia, a prepotência e a estupidez de uma mente insana.

Eu queria poder agir com minhas próprias mãos e fazer a justiça que eu julgo certa.

Ao invés disso eu espero, eu tento ser compassiva, procuro agir com amor.

Mas eles me olham como se eu não tivesse futuro, como se eu fosse uma piada. Como se eu lutasse por algo que não é real e que sou complacente pra fugir dos meus medos.

Até onde eles estão certos? Até onde esse efeito placebo vai me sustentar.

Me falta folego, me falta ar.

Eu nunca quis desistir. E se eu recuar é como se eu me entregasse, como se eles estivessem certos o tempo todo sobre mim.

Eles me apontam erros que eu julgo virtudes.

Eu não sei ser mais que amor.

E o amor tudo suporta, então eu sou capaz!

Nunca vou desistir!

Que me julguem.

Essas amarras vão sair, essas máscaras vão cair. Tudo vai passar.

N.M

Nathalye Machado
Enviado por Nathalye Machado em 02/10/2020
Código do texto: T7077945
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