A CAMISOLA DE SEDA 



Minha querida, menina minha,

 

Hoje me sinto realizado e feliz por haver feito amor contigo.

Tu eras tão doce na intimidade, que o período da noite voou como um balão veloz.

 

Obrigado meu amor, pela alegria que me dás. Tu és a minha Clara, a estrela do meu coração.

 

Hoje fez bastante calor aqui e eu trabalhei bastante no meu livro, mas para ser sincero, vinha-me sempre à mente tua imagem e por isso meu trabalho era interrompido porque eu te falava.

 

Tua imagem me aparecia vestida na longa camisola de seda e me davam a sensação de que tu realmente estavas ali comigo. Só de pensar nisto agora, volto a ficar excitado e feliz. Sim, cheguei até a ficar aturdido com a realidade que a imagem me transmitia.

 

A tua camisola não era assim tão transparente, mas eu te imaginava dentro dela e tu eras tão bonita e doce, e me fazias tanto bem. Te senti tão minha.

 

E por isso eu te pergunto: Clara, meu amor, verdadeiramente tu me amas tanto assim? Sou realmente tão importante pra ti?

 

Tu e eu sabemos que somente assim poderemos nos amar e que mais do que isto não poderemos ter.

 

Mas tu, minha esposa dileta, no meu coração sempre viverás.

 

Fala-me de amor sempre que quiseres, “io ti voglio bene cosi”.

 

Amo-te minha ternura. A ti uma noite serena, doce noite, como os meus beijos.

 

Teu Enzo



Carta da série "Um amor siciliano". Meu romance em endamento.

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 27/10/2007
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