Carta ao principiante do amor

Você sabe que é amor,

quando apenas um olá dele, aciona um gatilho em sua mente,

e a faz contente.

Quando você pensa em determinada pessoa, 24 horas por minuto.

Quando a lembrança dele gruda igual carta no selo.

Quando você prefere o isolamento para ficar só pensando nele.

Quando numa multidão que te aplaude, você se questiona: o que é que eu estou fazendo aqui mesmo?

Quando para não se humilhar de novo e de novo, prefere distância dele.

Quando se esgueira pelas ruas, com receio de que se esbarrem e ele perceba quão enrugada está sua alma.

Quando reza um terço inteiro para dormir e mesmo assim, amanhece com o cheiro dele.

Quando sente que trocaria tudo que conquistou, por apenas...

Um beijo dele!

Você sabe que é desamor, quando do lado de lá do poente, ele dorme, acorda, trabalha e não acontece o mesmo com ele.

Quando sente que escreveu uma saga inteira sobre como seria se... E ele sequer leu.

Resta então, devolver os devaneios à Caixa de Pandora e lacrar pelos próximos séculos. Afinal, seria mais provável termos um amor infinito, se acaso o nome dele fosse Werther de (Goethe).

Railda
Enviado por Railda em 05/12/2020
Reeditado em 15/10/2021
Código do texto: T7128536
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.