Essa falta de inspiração me inspira as cartas de despedidas. 
Indispensável são as horas, nesses delírios de nostalgias, onde me acho em orlas de saudades eternas. 
Não dispenso a luz desse dia, onde me ilumino por inteira ao calor de qualquer abraço. 
Distante já vai meu pensamento buscando ecos de amores que dispensei na escuridão da noite. Talvez alguma estrela tenha sequestrado o brilho do meu olhar em noites de distrações. 
Quando eu voltar dessa minha viagem sem inspirações, escreverei um verso dedicado aos amores bem vividos. Amores de almas, deixo bem claro, que o que me tocou na vida foi o abraço que eu retribuo. 
Agora me despeço sentindo prazer nas palavras que deixo em enigmas, dedicadas a quem sabe que um eco é a meia verdade da voz que gritou um dia.