Deixe-me monologar um pouco sobre trabalho

Trabalhar... Como são diferentes as ideias na base do trabalho. E não envolvendo camadas políticas ou requisitos burocráticos, mas a relação do imaginado para ele e a realidade nele. Ausenta-se um discurso de experiência nesse âmbito, mas não fogem os indícios de desagrado nele, seja qual o for. Entretanto, já pararam pra tentar reestabelecer uma comunicação entre essa ideias que se sustenta do por que trabalhar e do motivo de irmos trabalhar?

Acredito que a propaganda geral não deveria mudar muito, pois a sociedade gira em torno do que obtemos no trabalho, ou seja, o salário. O resto precisa passar por uma reforma. Não concorda? Vejamos as demais partes, começando pelo motivo de se buscar um trabalho.

Antigamente, por ser coisa da época, trabalhar e ter um trabalho era tido como essencial para o bem da sociedade. Porém, a sociedade foi subtraída dessa equação e o mesmo agora é pra gerar os maiores e melhores lucros possíveis. O trabalho então precisa de mão de obra qualificada, ou era o que se tinha antes também. Hoje, a necessidade é de produção em massa e conquista de público. Mas isso é outra discussão.

O trabalhador, nessa matemática, era tido então como um sujeito que precisava receber investimento para poder ajudar a sociedade e transformar o mundo em algo melhor e para poder se sentir honrado e realizado. Só que se o novo discurso é ganhar mais, então o foco também alterava-se em obter o melhor emprego e poder ganhar mais. E pronto.

A vida do trabalhador e do empregador até certo ponto se dialogavam, mesmo quando houve a primeira mudança de ideia do empregador, que era ganhar mais. O trabalhador ainda queria um trabalho e se sentir realizado, mas honraria sofreu mudanças e ser honroso era poder adquirir o que se vendia de forma deliberada e livre, ou seja, quando bem entendesse. A necessidade por emprego que pagasse mais cresceu. Detalhe que sociedade realmente sumiu.

Nesse sentido, empregador, empregado e trabalho estão todos lutando pela mesma causa, ganhar mais, e não tem mais porque um tentar se relacionar com o outro. Mantém-se uma relação por hábito, por cultura e por falta de circunstâncias que realmente libere a necessidade de trabalhadores em serviços, ainda mais para pequenos empregadores. Os trabalhadores até desejam a saída da situação trabalhador pra empregador.

Honraria, hoje, é mais tido como algo pra alguém que tem recursos pra viajar e aproveitar o mundo, como se a ameaça dele acabar daqui a pouco tempo estivesse mais concreta do que nunca. Isso faz com que o desespero de juntar rendas e aproveitar as coisas seja maior também. Trabalhar acabou perdendo também essa coisa boa de se fazer, passou a adquirir uma imagem de doação da sua vida para poder realizar as horárias de outro alguém.

Trabalhar se tornou só mais um passo de passagem, nada a ver com melhorar algo ou obter algo que não seja o salário bom pra aproveitar a vida. Então se ainda lhe sobre vestígios de boa sociedade através do trabalho e da mão de obra ou dos próprios empregadores, sinto muito, mas isso é como querer voltar no tempo. Se tá errado ou não, bem... Ninguém julga isso e se julgar, meio que é perda de tempo. Não tem a ver com moral ou ética, são apenas os resultados que chegamos através das reformas de tudo relacionado. E se no futuro serão regidos por outras ideias? Bem... Só saberemos se realmente a ideia de fim do mundo não estiver tão perto quanto se põe a pensar. Haha '

Até mais.

Clara Nuvens
Enviado por Clara Nuvens em 22/06/2021
Código do texto: T7284372
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