Aos espíritas!

Aos espíritas que frequentam este humilde perfil ou caíram de paraquedas, peço vossa ajuda para interpretar o sonho abaixo.

Desde já, minha eterna gratidão a todos que colaborarem!

26 de agosto de 2021 — quinta-feira

Hoje é o aniversário da minha cidade e, devido à Covid-19, nem todos estão em casa — este feriado foi antecipado ano passado justamente como medida de combate à doença. Como os professores do Estado já haviam antecipado a reposição desta data, estou em casa.

Por causa do feriado, além de dormir tarde na noite passada, também já acordei tarde. Para bem falar a verdade, nesta minha primeira “fase do sono” — ou a parte onde dormi à noite —, acordei para tomar um cafezinho com minha mãe e minha tia Célia. Depois disso, voltei a dormir... e foi aí que tudo aconteceu.

Ao adormecer, uma voz parecida com a de minha mãe disse-me para irmos à casa da prima Cristina. Até aqui, nenhum mistério, pois logo lembrei-me de que ela já não estava mais entre nós, então pensei: “vamos visitar meus primos”, pois, de fato, já tem tempo que não os vemos. Entrei em meu carro e logo uma segunda dúvida veio-me: “como vamos?” Normalmente, utilizo o GPS — e aqui cabe um adendo importante que me veio agora: apesar de que, nas primeiras vezes, de fato, eu me perdia e precisava da ajuda do GPS para me achar, as tantas idas me fizeram decorar o caminho, ou seja, eu já não preciso mais de ajuda para ir à casa da prima Cristina, ou agora, a casa dos meus primos Renan e Diego, há um bom tempo. Ainda assim, um Celta na cor preto foi me guiando, à frente.

Indo muito rápido, eu o sigo: incialmente por dentro de um bairro cheio de curvas e, depois, por algumas estradas de terra e lama cheia de buracos — até me lembro de ter acelerado ao máximo para subir por uma rua muito íngreme para evitar um enorme buraco. Não demora muito e chegamos a um condomínio fechado.

É interessante a riqueza de detalhes que consigo lembrar-me da entrada: eu juro que estava de carro, mas passo por um portãozinho minúsculo a carregar uma moto. Do outro lado, eu vejo a prima Cristina ao lado do meu primo Diego e levo um susto: “Ela não tinha falecido?” Uma imensa alegria percorre meu ser junto a uma dúvida enorme. Parece que, a partir deste ponto, eu começo a “acordar” dentro do sonho.

Eu corro até ela, mas há várias casas envolta. Ainda assim, eu pulo alguns muros — ou, na realidade, aqueles onde existiam algumas rampas ou facilidade para pular — e vejo-me na casa da minha tia Berta. Mais uma vez, consigo me lembrar com uma certa riqueza de detalhes tudo dentro dela: a minha tia estava apenas com minha prima Kianny. Havia um “hack” de madeira com uma televisão ligada ao lado. Também me lembro de um videogame com um visor azul piscando algumas informações. Eu tomo uma água e peço a senha do “Wi-fi” para poder “entrar no mercado”. Aqui, novamente, eu volto a despertar pois, ao pegar meu celular, tento acessar o aplicativo que me leva à bolsa, no entanto, utilizo outro bem diferente e isto me deixa bastante intrigado. Ainda assim, lembro-me de ter conseguido “ganhar”.

Despeço-me e volta a procurar pela casa da minha prima Cristina. Desculpe-me se eu estiver a ser repetitivo, mas pela segunda ou terceira vez, consigo me lembrar com uma riqueza enorme de detalhes os locais por onde passei; as pessoas com quem encontrei... Por exemplo: eu lembro de conseguir passar até mesmo por dentro das casas e, em uma delas, havia um jovem, mais ou menos da minha idade, a brincar com seu cachorro — grande, da raça Pitbull. Eu tenho pavor de cachorros desta raça, mas passo por eles tranquilamente e, agora, a contar esta cena, lembro-me dele a me olhar. No momento, pensei que o motivo era “ter um estranho passando por dentro de sua casa”, mas agora, acho que não era por isso...

Eu sigo em minha busca e vejo, ao alto de um morrinho, uma casa enorme, de madeira, cheia de pessoas a beber. À minha cabeça logo vem a indagação: “Mas ainda não estamos em pandemia?” Reparando agora, eram só adultos... Eu paço por elas e chego ao outro lado onde avisto um enorme campo de futebol ao lado de um lindíssimo sobrado amarelo. O interessante aqui é: até então, as ruas eram de chão batido, mas agora são de asfalto. Sigo pela rua, a observar o campo de futebol e passo por uma igreja com dizeres em inglês. Penso ser uma igreja evangélica, mas ao olhar com mais atenção, vejo algumas imagens. Há também algumas pessoas saindo dela. Pessoas a falar em inglês. Uma delas, um senhor branco e meio encurvado, chamada um nome estrangeiro que agora não consigo lembrar.

Finalmente eu encontro com a prima Cristina e, desta vez, ela está sentada numa varanda com pilastras de madeira e um brilhante piso branco. Confesso não conseguir me lembrar das roupas dela, mas tenho a certeza de que ela estava sentada numa cadeira de plástico, em frente a uma porta de correr. Ao me ver, ela me cumprimenta como sempre me cumprimentou: “Oi, meu querido!” Aquilo me paralisa, pois, agora, finalmente, eu acordo! Não, não um acordar de abrir os olhos e me ver novamente na cama, mas um onde eu tinha a certeza de que “estava sonhando” — ou não, pois, apesar de saber estar em um lugar diferente, eu sinceramente não conseguia discernir ser era realmente um sonho.

Por um impulso, eu a abraço, sem avisar nem nada. Abraço-a forte a dizer “muito obrigado! Sem a senhora eu nunca falaria inglês” e ela me responde: “tudo bem, meu querido”. Provavelmente conversamos ainda mais, pois sinto ter ficado um certo tempo ela, mas não consigo me lembrar. O que me lembro, antes de ir embora, é dela a dizer-me que, ao chegar à sua casa, viu tudo vazio, como se tivessem levado todas as suas coisas. Ela me mostra o interior da casa onde ela estava agora e eu vejo um enorme cômodo vazio.

Após isso, eu me despeço e vou embora, já preocupado em onde eu havia deixado meu carro. No entanto, eu sigo algumas orientações que, agora, não consigo ter certeza se foram dadas por ela ou por outra pessoa. Eu só me lembro de, ao entrar do carro, eu acordar “de fato”, ou seja, de abrir os olhos e me ver em minha cama, com uma vontade imensa de contar o que eu havia visto para minha mãe e minha tia Célia.