A Pomba Branca nos Trás ( ENVIADA )

Bom dia, minha amada,

Que nesse recanto está;

Diz-me se é certo

Em você me encontrar?

Amor nunca aqui me falta

A quem sabe amar;

Porque vivia tão sozinha

Procurando esse amor perdido?

Pois sempre fui um poeta apaixonado,

Poeta de poemas enamorados;

Não há enigmas nos recitados,

Que este poeta não possa decifrar.

Estas letras de pouco adiantam,

Pouco adianta se de amor não consistir;

Mas chores-me, princesa do recanto,

Que mais posso alem de te amar?

Também deste poetar,

De poema mesmo pouco convéns;

Mas até a alma da senhoria

Sinto-me capaz de enaltar.

Também de pouco me adianta,

Um jogo de tabuleiro agregar;

Fale-me ainda, minha amada,

O que faço pra te conquistar?

Conhecendo o teu decifrar

Por estas letras em redoma deixar;

O prisma em teu olhar,

Quem sabe lá?

Esses beijos doces,

Que muito me quer;

Mas diga-me, minha poetiza,

O que faço pra alma te encantar?

Melhor que este coração de poeta

Que sabe rascunhar, palavras entre palavras;

Tanta alvura nesta águia que me guia,

Diga-me ainda, por que este beijo fechado?

Tirei do baú os clãs,

Que o vento trazia desesperado;

Desalegrando em desalento este romantismo,

Digas-me por que achas que te ferirei?

Responda-me se a alma desejar

Por um momento esqueça do brio carnal;

Reacenda esta chama,

Deixando-me te abraçar...

Mirão da Estrada
Enviado por Mirão da Estrada em 18/11/2007
Reeditado em 18/11/2007
Código do texto: T741878
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