Tudo começa assim... (Meu amigo contando os últimos acontecimentos de sua vida)

Querida Nina,

Não imaginas como tem sido a minha vida,

não sei se um inferno de um paraíso.

Continuo a viver da mesma forma errada que vivia

quando te falei da última vez.

Isto já não é viver...

Isto é apenas ter alguns sentimentos de ser humano,

mas no fundo,

apenas sou um ser depravado sem sentido e sem vida própria.

Como já te falei do que me aconteceu,

não direi mais nada.

Eu sei que vais entender cada palavra do que escrevi

para mostrar como me sinto.

Já, agora, por ti continuo a sentir um grande amor,

um amor diferente como tu sabes bem, (eu Nina explico: "amor de amigo", para que não criem pré julgamentos)

no entanto também é amor.

Tenho saudades tuas,

tenho saudades dos lindos momentos

que passei a conversar contigo.

Podia não ser nada,

ou podia ser tudo…

Mas sinto falta de um “olá” teu.

(esse é o emali que recebi do amigo)

A sua reclamação sobre minha ausência é pelo fato de eu estar às voltas com os compromissos escolares e sem tempo de papear na net...

Daí, vem a sua carta:

Uma carta que muito me emocionou. De uma pessoa desesperada por amar duas mulheres ao mesmo tempo... Que situação! Realmente muito difícil de resolver!

Esse amigo que, apesar de estar longe e não nos conhecermos pessoalmente, mas, que o tenho na mesma consideração de uma pessoa presente, pela amizade que fomos nutrindo ao longo do tempo. O texto, apesar de muito triste, achei maravilhoso! A forma como ele se digladia com a própria sorte! A vida, às vezes nos surpreende de forma incompreensível...

E a publicação que faço agora tem a sua (dele) autorização. Fiz algumas correções, também com sua aprovação.

A minha vida ou o meu castigo

Muitas verdades eu escrevo.

Ou serão apenas mentiras!?

Já não sei, apenas sinto o amor.

Mas, será amor?

Não brinco como antes, não sou feliz como outrora.

Por quê?

A vida continua, mas a minha alma não se move.

Estará presa a alguma coisa?

Gostaria de continuar. Não consigo, falta-me tudo…

Menos o amor.

Mas será amor?

Sou um biltre, não mereço viver um segundo que seja.

Mas, e como ficarão [elas], serão felizes assim?

Pergunto-me, por quê?

Dantes era feliz - e agora?

Agora também sou, mas também me tornei um infeliz!

É verdade, amar até que é fácil (ou apenas aparenta),

e assim o amor nos engana.

E ser amado?

Serei digno de ser amado?

Talvez, mas não sei, sinceramente não sei.

Outrora li (ou ouvi dizer) que amar e saber amar,

são coisas bem diferentes.

Será verdade? Eu sinto que amo; eu sinto que sei amar…

Mas assim!

Será que é realmente amor?

Amor é certamente, a loucura, a paixão, o carinho, a insânia.

Este sentimento de poder ultrapassar tudo…

Tudo está presente, mas apenas num dos lados…

Afinal, como pode ser assim amor?

Não mereço, devia perecer, mas Ele não me leva,

Eu não tenho coragem de ir ter com Ele.

Serei certamente castigado, eu sei que serei.

Mas terei culpa?

Sim tenho certamente.

Afinal a loucura não é perdão.

Afinal, o amor…

Esse também tem desilusão.

Sinto tanto amor dentro de mim

Que posso (explodir) só de pensar nisso.

Será verdade, será possível amar assim?

Não sei, eu sei que amo, eu sei que quero.

Mas quem, como é possível?

Serei um ser assim tão perverso?!

Serei o único a sentir-me assim?

Meu Deus, o que farei da minha vida?

Eu amo. E elas?

Eu sei que também amam,

Cada uma da sua forma,

Cada uma de seu modo,

Cada uma de sua maneira…

Mas, amam, sei que amam!

Serei realmente um amor?

Serei um demônio neste mundo?

Não sei o que sou,

Apenas sei e... Juro que o farei...

Enquanto puder amar, então amarei!

(©Luís Oliveira 2007)

Luis, fica aqui o meu carinho incondicional por ti meu amigo,seja muito feliz, apesar dos conflitos que vem enfrentando! Um abraço!