Não alimente sua felicidade na suposta infelicidade alheia

Senhor Murilo, estou usando a maneira antiga para me comunicar - carta. Abdiquei dos recursos de redes sociais porque assim não tens como ignorar esse desabafo.

Apesar do pomposo nome Murilo Souza de Alvarenga Neto, é mentira que seu avô tenha sido embaixador. Sua esnobação de bon vivant é fruto de recursos que sei de onde vem, embora não possa provar. Os automóveis de luxo com que desfila em nossa cidade são locados. A arrogância que demostra em ambientes sociais é de dar ânsia.

Usar roupas de marcas famosas e gabar-se de quanto custou é motivo de chacota entre nós. Sabemos que o valor é 1/4° a menos do que vangloria ter pago. Além do mais, camisa de seda usa-se no verão e de polo, por fora da calça. E vinho é degustado gelado e não com gelo. Não basta aparentar nobreza se não tiver o DNA de berço.

Em sua mente perniciosa e doentia criou-se a ilusão que toda mulher sozinha, viúva ou separada esteja à espera de um Don Juan que você julga ser. Você mente para si mesmo, admita!

Não! Não me sinto abalada com minha separação. Portanto, não me olhes com falsa piedade ou salvador da minha inexistente agonia. Posso estar só, não fragilizada.

Portanto, pare de explorar a infelicidade alheia para superar a sua.

Obs: Todas as minhas amigas leram o que você acabou de ler.

Sonia Leão