PROMESSA DIVINA

Terça-feira, 21 de dezembro, o ano está acabando e junto com ele está acabando várias outras coisas.

O Natal se aproxima e com ele vêm aquela necessidade básica de reflexão sobre o que se fez e o que deixou de fazer.

Antes de mais nada, há expressa necessidade de confessar, certamente se tivéssemos agido em conformidade com as intenções do natal anterior, hoje deveríamos estar melhores.

Mas deparo-me em situações que ferem diretamente os valores inegociáveis que tenho, as virtudes que consagrei por toda uma vida.

Este seria então o dilema do natal anterior e quem fui com o natal atual e quem sou?

Ferir meus princípios me faz alguém pior? Mesmo que eu tenha ferido em nome de um sentimento incontrolável e genuíno? Se eu fui contra o que acredito, significa então que não mais creio nisso? Me modifiquei tanto assim?

A distorção da minha personalidade me fez hoje, entender que sim! Mesmo que o motivo seja genuíno, a ação não foi. Trata-se de pecado da carne. E então indago, o pecado do corpo, altera a verdade do espírito? Perco parte de mim cada vez que firo meus valores que eram inegociáveis? Digo eram, porque se fui capaz de macula-lo, então, negociei sobre eles.

Barganhei com meu orgulho, coloquei na mesa de poker minha honra, blefei e aparentemente, perdi. Estou aguardando as fichas serem puxadas pela banca.

E então, como farol do futuro, observo a luz divina escondida pelo barro da sujeira atual do valor que negociei, e reconhecendo que errei, não consigo sentir arrependimento.

Eu sei o motivo, não serei hipócrita não reconhecer.

Entretanto, mesmo ciente e sem arrependimento algum, na fluência dos sentimentos que em mim existem, digo ao Espírito Santo que apenas tenha pena do meu corpo pecador, mesmo sem me arrepender, prometo não mais fazer!

iNur
Enviado por iNur em 19/06/2022
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