A viagem
As vezes gosto
de seguir assim,
sem bagagem, sem destino,
sem caminho certo.
Sem plano algum a traçar
sem ninguém a me esperar...
Esperando apenas que o inesperado
me surpreenda,
Guardando as horas
no meu peito,
como quem guarda um tesouro
num velho baú,
as mãos cheias de areia
da ampulheta do tempo,
jogo ao vento...
enquanto admiro mais
um nascer do sol
da janela do ônibus
de viagem...