MEU DESABAFO!

Como todos sabem, à bem pouco tempo, como um torrão valoroso, virtuoso e varonil, grande, soberano e gigante, assim eu me via e assim de fato, eu era (assim espero, ainda ser e existir)!

Sem falsa modéstia, tenho certeza que mantenha todas essas qualidades e que inda tenha extrema relevância, perante o mundo.

Também não dá para negar minha grandeza, pois independentemente dos infortúnios que me assolam e que em pouquíssimo tempo, pelo mal presente, me devastaram, permaneço impávido, gigante, imponente e colossal. E por tudo isso, na certeza de ser ainda, bem quisto e aceito. Quanto, ainda ser soberano...????!

Tenho um enorme orgulho em poder ser destaque, exemplo e servir de inspiração para outras nações, por ser aqui; em mim, um lugar por demais bonito, calmo e pacato, aonde sempre permanecerá a máxima em que aqui, se plantando tudo aqui, apesar de tudo, absolutamente tudo aqui, ainda dá.

Meu ambiente enfeitado, airoso, diverso e temperado, mesmo com a insanidade que grassa em meu cerne no momento, mantem-se razoavelmente salubre e habitável, apesar dessa distopia raivosa, dessa força maléfica e descomunal, em me fazer forçar sucumbir e perecer, por parte de um certo “ente inominável” ...

Todos devem lembrar que de bem pouco tempo, por aqui se respirava e cultivava também a democracia e a harmonia. Como fora dito (muito bem dito inclusive), tempos atrás na feitura de uma bela ‘ode’, a mim gentilmente endereçada, bem feita e bem arranjada, dizendo ser eu ‘um gigante pacífico, deitado eternamente em berço esplêndido’!

Sempre fui (duvidando que haja alguém que possa contestar), desejado e decantado em fartos e belos cantos, versos, prosas e poemas, pela variedade e excelência da minha natureza/ as belezas de minhas praias/ a fartura de meus rios/ de minhas terras adubadas/ das matas fechadas que me cercam/ das florestas encantadoras que suscitam poesias/ dos meus bosques e dos meus intermináveis campos verdes e coloridos.

Pela cultura diversa de meu povo, meu aspecto e tamanho transcontinental, minhas regiões distintas, meus diferenciados sotaques, jeitos, tradições e por possuir uma riqueza histórica, pouco vista...

...por meu incomparável colorido, rico, vasto e diversificado, sempre a pautar noticiários internacionais. À quererem todos, regrar-me e tentando sempre me contrapor, obrigando-me através de uma velada rispidez, ter que preservar meus recursos de fauna e flora, a variedade de toda minha biodiversidade e meus mananciais. À considerar-me, sob fruto de muita cobiça e inveja, de abrigar o segredo da vida, carregando pra sempre, a alcunha de ser “eu”, o “pulmão do mundo”.

Neste mundão, por vezes tão perverso, disforme, repetidamente transloucado, repleto de maldades e de grandes contradições, tendo por todos os cantos respingados, conflitos por motivos banais (pois sempre os são...), de guerras """santas""", intrigas, contendas e rumores de guerras, como disse, por todos os lados!

Já eu, pela minha rica heterogeneidade natural e cultural, por abrigar um povo ordeiro e trabalhador, sempre fui reconhecido pelos demais, por ser porta voz da “paz”!

Pelos quatro cantos dessa terra, era “eu” (e ainda acho, que seja...), amado, admirado e “respeitado” por toda gente, pelo que representava e até, pela alegria de todos os meus consortes cidadãos, sabendo que assim sempre serei e que voltarei brevemente, a continuar, a ser. ..

Apesar da virulenta peste, aqui, não falando dessa terrível pandemia a qual foi trágica, devastadora e ceifadora de corpos e até de almas perdidas, que atingiu e feriu de morte, o mundo inteiro.

Me refiro sim, a este mal manifesto e nefasto, desumano, inominável e terrivelmente cruel, que hora desgraça e desgoverna esse meu garboso solo, que sempre foi pródigo e exímio fomentador do bem!

Sou ainda um grande torrão, sim! Invejado, e apesar deste período macabro, confesso que este mesmo mal reacendeu em mim, talvez como nunca, minha esperança e anseio de superação!

 

Eu, agregador e dono de terras suntuosas e férteis; de um povo hospitaleiro, mantenedor e celeiro da humanidade. Onde a cada três pratos servidos nas mesas deste planeta, um é produzido em meu fecundo chão. Terra, agora triste por demais e pior foi saber que virei párea, chacota e piada, para todas as outras nações.

"""Portanto me ouça, oh ser bárbaro, inescrupuloso, sádico e inumano, procrastinador das necessidades dos mais humildes, ser tirano que se alimenta apenas de sua tosca bravata e ira, olhando pro seu umbigo e para o de sua família (os homens de bem). Patrocinador 'mor' da discórdia, da mentira e executor do sofrimento coletivo alheio!

Escute o que te digo e me responda, sabendo que não irás e nem conseguirás, mas que mesmo assim, tenho...preciso te indagar:

-Porque preferes e preferisses desvirtuar, iludir, desviar e persuadir meu povo?

-E essa sua fala de “eu autorizo”! Autorizas o quê e a quem, cara pálida e fascista?

-E este seu poder, ou o poder que julgas e pensas ter, de onde vem e/ou quem foi que te deu?

Não vais querer permanecer a galhofar e blasfemar, dizendo que fora Deus que te municiou de tal poder!

Só se foi o teu deus; nunca...jamais, o ""MEU""!

-Como ousastes baratinar, remexer, conspurcar e destruir a mente de tantas pessoas de bem?

Saiba, se é que desconheceças, que já passam de dezenas de milhares, na verdade, muitos milhões desses desgraçados, bando de zumbis aturdidos, sem sorte, sem motes de bem viver, e sem direção. Completamente perdidos, a cumprirem a esmos, como teus seguidores alucinados, que tornaram-se cegos e acéfalos, a reverenciar um falso mito, fazendo igualzinho, aquilo que também tens o despautério e a irresponsabilidade de fazer!

A propósito, sabes lá tu, oh ser abjeto e infame, o que venha lá a significar a palavra mito?

Mas é claro que não devas saber, porém isso, eu também já presumia...

Pois bem, então fique sabendo de uma vez por todas e não se esqueça que ser um mito, é ser na realidade nada mais que uma alegoria, uma farsa, uma mentira, uma fantasia e uma ilusão (uma falsa fantasia e uma falsa ilusão, quem nem podemos comparar com um lindo arco íris, pois esse sim, é do bem) ou seja, um nada, ou seja, isso é o que de fato, és!

Entendeu agora quem tu é? E que a ti e aos teus doentes seguidores, a lixeira da história já está reservada?

E graças aos registros de minha memória, acabei de lembrar que outrora já dizias que para me “endireitar”, bastaria que se fuzilassem uns trinta mil...

É, sujeito das trevas! Não é que foram proféticas foram a tuas palavras e profunda fora tua cólera?

Mas infelizmente acho que te superastes até nos teus delírios e anseios de maldades, pois hoje e em poucos anos, levasses e elevasses essa horrível previsão, somando e multiplicando esse mau agouro, por mais de mil vezes!

Por certo estais ciente do mal que provocasses e já deves desconfiar do que brevemente lhe aguarda, não é mesmo 'seo mito'!!!!

Ah! E o que dizer daquela sua, mais que criminosa obra, infeliz, desumana e cruel, a imitar um “pobre” filho meu, e teu irmão, enquanto morria sem ar...

Seu idiota, não fosse esse seu terrível feito, poderia enganar mais uns “quantos”, se reelegendo certamente para prosseguir seu plano de destruição de almas.

Seu abominável... Saiba que desse e por conta de outros quantos atos e desmandos teus, digo que não vais escapar e nem colocar tudo sob sigilo de 100 ANOS!!

 

ASS: SR. BRASIL...