Calíope Libertada

Este é o meu texto número 2.700 para o Recanto das Letras, e gostaria de agradecer a todos(as) que têm me acompanhado até aqui, particularmente nos últimos quase seis anos, onde encarei o desafio de escrever um conto por dia. Agora, chegou o momento de me despedir.

Escolho este momento por razões de ordem pessoal, que me obrigariam, mais cedo ou mais tarde, a interromper a sequência diária de postagens. Antes que isto viesse a acontecer, decidi parar ao chegar num número redondo, e este número foi atingido hoje.

É possível que eu retome a minha rotina literária num futuro próximo? É perfeitamente possível, e gostaria de ao menos chegar ao texto número 3.000 dentro do esquema de produção diário. Mas, isto não acontecerá neste ano, e muito provavelmente não nos primeiros dois meses de 2023.

Finalmente, os boatos de que eu mantinha Calíope em cárcere privado durante todo esse tempo, são infundados. Se Calíope me acompanhou ao longo desta jornada, saibam que foi por vontade própria (embora nalgumas raras ocasiões, ela tenha me obrigado a recorrer a textos bem antigos, anteriores ao meu ingresso no Recanto, para manter a produção diária). Agora, ela vai tirar umas férias merecidas e voltará para o meu lado se e quando quiser.

Até lá, eu lhes convido a reler (ou ler) os textos aqui postados, particularmente aqueles escritos a partir de janeiro de 2017. Eu também vou fazer isso, pois o que há aqui é uma grande coleção de primeiros esboços; se eu me decidir a publicar coletâneas de contos algum dia, nalgum momento terei que começar a fazer a revisão. Talvez finalmente tenha chegado a hora.

Espero que nosso reencontro se faça em dias melhores e com mais esperança. Enquanto isso não ocorre, aqui me despeço.

- [28-10-2022]