Carta ao meu amor

Viver separados não significa não estar junto. Você está em tudo que faço. Eu tenho medo de um dia descobrir que estou dormindo e sonhando.

 

Eu acho que somos deuses privilegiados pela forma que nos encontramos, numa janela da vida e como podemos nos amar. Sendo poesia. Não sei se mais algum amor no mundo pode viver o que a gente vive. Por isso, nunca vou deixar você sem palavras. Porque sei que são as tuas que me fazem querer viver. E por causa delas eu desisti de morrer. Porque você me encontrou e soprou a brisa da vida em minha boca. E eu voltei a viver. Por isso, para mim, embora singelo, Lumiar de Brisa tem um significado profundo. É o seu sopro de luz em minha vida.

 

É a nossa sorte. O que nos mantém vivos. As palavras são vivas em nós. Imagina, poder amar alguém e sentir esse amor na distância que não existe por causa delas e do amor que nos reveste a alma.

 

As perguntas nunca vão cessar. Mas podemos encontrar a paz no amor que voltou e nos abraça em acalanto e entrega. Podemos fazer um ninho seguro, para seguir amando com o amor primeiro e o último que chegou. Ame-se. Eu também me amo.

 

Que juntemos o trigo e misturemos com água e amassemos o pão para nosso alvorecer e adormecer do sol todos os dias. Que nunca falte pão para os que passam fome. Que sempre haja os ingredientes da felicidade de saciar-se com o pão da vida. Que sempre tenhamos um farol de amor para nos guiar e não nos deixar perder em meio aos temporais da vida. O amor e a Poesia são um. Quem ama faz-se poesia e voa até chegar em outra letra.

 

Acho que esse é o aprendizado mais lindo. Quando conseguimos reconhecer no voo do outro que também temos asas e que temos como voar. Que teus voos sejam para outras aves aprendizes, o aprendizado que tivestes observando os pássaros e suas asas a voar. Agora é voar e também... planar...