Carta para a vida (impotência) - 4

Não suportei a dor,

Explodi –

Em uma sensação de morte.

Como sobreviver à todo este caos?

O destino existe?

Ou somos autossuficientes,

Para traçarmos nova trajetória?

O espaço tempo,

Linha tênue.

O sentimento maior,

Transmutou-se –

Com a alquimia dos acontecimentos.

Como fui tola –

Em não dar atenção aos sinais.

Todos se mostravam nítidos,

Confiava cegamente.

Não bastava somente a entrega,

A voluptuosidade carnal.

Os sentimentos adormecidos,

Congelados feito um iceberg –

Acumulando frias camadas de poeira,

Deixada com o passar dos anos.

Ser diferente,

Cobra o seu preço.

Aí vem a realidade,

E te dá uma rasteira.

Ou se vive:

Deixando tudo para trás.

Ou se morre:

Por perder tudo –

O que pensou que tivesse.

O tempo verbal –

É tão efêmero,

Quanto a nuvem que se dissipa,

Sem deixar rastros.

A calmaria,

Cedendo lugar a tempestade –

Sombria bagunça.

Sinto-me impotente,

Diante dessa situação.

No espaço condensado,

Fechando os olhos –

Encolhendo-me sobre a cama –

O sono não vem –

Vozes ecoando em minha mente.

Tampando os ouvidos,

Não quero pensar –

Desejo esquecer o pesadelo,

No qual mergulhei.

Na tentativa de gritar,

Em esquecer a ansiedade.

Apenas em cessar,

Arrancando essa dor do peito.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 14/12/2022
Código do texto: T7671712
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