Horas mortas

Nas horas mortas

Procurei o seu amor

Que voou e não voltou

Deixando um ninho

de folhas vazias,

galhos secos...

No tempo, contra o vento,

Chamei seu nome

Bem baixinho

Para não acordar a saudade.

Os ecos da paixão,

De tempos passados,

Respingaram nas paredes frias

Da caverna esquecida

Trazendo à superfície

As sensações vividas.

O vento me carregou

Para uma paisagem distante,

longínqua e desconhecida.

Lá te procurei

por todo campo de flores

E falésias,

Na vegetação rasteira,

Entre musgos,

No azul das águas

profundas do mar.

Na montanha mais alta

Te procurei...

Nas constelações...

Tudo em vão

Porque você sempre esteve

Num lugar escondido

Dentro de mim.

🌟🌟🌟

In the dead hours

I sought your love

Who flew away and

never came back

Leaving a nest

of empty leaves

dry branches...

In time against the wind

I called your name,

Very softly,

So as not to awaken the saudade.

The echoes of passion

Of recent past

Splashed on the cold walls

Of the forgotten cave,

Bringing to the surface

The sensations lived.

The wind carried me

To a distant landscape

Far away and unknown.

There I looked for you

Through every field of flowers

And cliffs,

In the undergrowth,

Among mosses,

In the blue of the sea deep water.

On the highest mountain,

I searched for you...

And in all constellations too.

All in vain...

Because you were always

Hidden inside of me.

Vivi Peixoto
Enviado por Vivi Peixoto em 07/01/2023
Código do texto: T7689252
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.