Horas mortas
Nas horas mortas
Procurei o seu amor
Que voou e não voltou
Deixando um ninho
de folhas vazias,
galhos secos...
No tempo, contra o vento,
Chamei seu nome
Bem baixinho
Para não acordar a saudade.
Os ecos da paixão,
De tempos passados,
Respingaram nas paredes frias
Da caverna esquecida
Trazendo à superfície
As sensações vividas.
O vento me carregou
Para uma paisagem distante,
longínqua e desconhecida.
Lá te procurei
por todo campo de flores
E falésias,
Na vegetação rasteira,
Entre musgos,
No azul das águas
profundas do mar.
Na montanha mais alta
Te procurei...
Nas constelações...
Tudo em vão
Porque você sempre esteve
Num lugar escondido
Dentro de mim.
🌟🌟🌟
In the dead hours
I sought your love
Who flew away and
never came back
Leaving a nest
of empty leaves
dry branches...
In time against the wind
I called your name,
Very softly,
So as not to awaken the saudade.
The echoes of passion
Of recent past
Splashed on the cold walls
Of the forgotten cave,
Bringing to the surface
The sensations lived.
The wind carried me
To a distant landscape
Far away and unknown.
There I looked for you
Through every field of flowers
And cliffs,
In the undergrowth,
Among mosses,
In the blue of the sea deep water.
On the highest mountain,
I searched for you...
And in all constellations too.
All in vain...
Because you were always
Hidden inside of me.