Breve Carta ao Amadurecimento

Saudações a aquele que esta carta lê.

Como andais vosso relacionamento com a vida, o universo e tudo o mais?

Após acontecimentos históricos bifurcadores de experiências individuais, muito há ocorrido.

A vida tem parecido de fato desafiadora. Mais desafiadora que qualquer batalha final de narrativa épica.

De fato, parece-me que o sentido da vida repousa em cada um carregar, em meio a dor, a própria cruz, à qual muitos chamam de "responsabilidades".

Parece-me que a cada dia vivido, o extraordinário tende-se a assemelhar ao ordinário, para aproveitar os caminhos que este abre. E em meio ao cotidiano, o diferencial necessita lutar para sobreviver ao comum.

Às vezes, o cidadão comum estereotipado aos meus antigos olhos parece cada vez mais alguém único em sua juventude, o qual passa a ser estereotipado e superficializado pela geração seguinte. Sendo realista e falando como um velho, atribuir estereótipos julgados sem conhecimento às personalidades dos mais antigos, agora parece uma das várias atitudes supérfluas dos mais jovens.

Quem diria? A profundidade dos julgamentos da juventude torna-se a superficialidade da visão dos mais velhos.

Muito há de se dizer à respeito da experiência de vir a existir e envelhecer, e, consequentemente, viver.

O tempo, com todo seu poder, parece obrigar-nos a seguir determinadas normas.

Enfim. Várias pautas têm vindo cada vez mais ao público geral, mais problemas nas estruturas da sociedade têm se mostrado cada vez mais visíveis, e mais e mais a experiência de vida e do passar do tempo têm mostrado seus efeitos, nas grandes massas, e nos indivíduos.

De seu compatriota (mas não patriota), Nicolas I, filho de Marconi e neto de Amâncio, ex-habitantes da esquecida Fragata.

- 2° Trimestre de 2021

Nicolas M Cunha
Enviado por Nicolas M Cunha em 29/03/2023
Reeditado em 29/03/2023
Código do texto: T7752053
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