Bem-ti-vi

Eram quase oito horas da noite quando recebi sua mensagem.

Tomei um Açaí, peguei um pastel e um sorvete de morango pra viagem.

Você veio ao meu encontro, regado a luz do disco que marcou o ponto do nosso primeiro encontro.

Rimos despretensiosas e conversamos.

Eu comia meu pastel e você tomava o sorvete de morango.

Saímos andando no frio por ruas conhecidas por duas que estavam se conhecendo e assim foi.

Depois tudo aconteceu.

O esquentar do lado de dentro, o encaixe do toque, a intimidade do momento que parecia sempre ter existido.

Feito bem-ti-vi em liberdade com um beija-flor, sabe como é?

Os sons, o querer e o viver.

Os prazos dos editais, a escrita, o estudo, a distância, a geografia e o tempo vem jogando tudo pra frente e eu não consigo parar de pensar em você. Você que eu nem sei se ainda pensa em mim, se sente minha energia, que some depois da mensagem de bom dia.

Talvez seja isso.

Uma memória pra revisitar, uma canção pra lembrar e uma via de mão única.

Ou não também...eu não sei.

E se fosse o contrário?

Se fosse uma via dupla, que nem quando fomos no tempo em que o tempo parou e a gente aconteceu?

A gente aconteceu todas as vezes.

Talvez tudo e talvez nada né...

Só sei o quanto foi bom mergulhar no seu olhar de mel, tatear o teu corpo e nos sentir vivas de novo.

Dois pássaros conquistando o seu céu.

Se a gente se reencontrar...lembra.

Minha pupila vai dilatar e o seu sorriso vai ser um abraço em meus olhos.

Eu quero tanto...

Amannda Mattos
Enviado por Amannda Mattos em 01/09/2023
Reeditado em 01/09/2023
Código do texto: T7875672
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