O pianista

Seus dedos bailam livres espaços reais e urgentes.

Formam um diálogo íntimo entre seu interior e o infinito.

Suas notas musicais são lavras de seus feitos e impossibilidades.

Os lábios calam-se, enquanto suas notas tentam falar aos que o ouvem, o Pai, os que se foram e os que ainda aqui estão compartilhando estes momentos de belezas da vida e torcendo por paz e amor.

Ao seu lado, uma porta aberta filtra os mais variados tons e matizes de luz, emprestando ao fim da tarde e ao som de Chopin um crepúsculo suave.

Solidão não existe, onde existe os dons divinos das artes.

Ao amigo Marciel

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 25/10/2023
Reeditado em 30/10/2023
Código do texto: T7916557
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