Meu perfil poético- carta ao leitor

Caro leitor, acho bom você existir! Eu me sinto escritor porque você existe e lê. Iludo- me, ou realizo-me, com sua leitura. Então, vou descrever brevemente a minha trajetória poética.

A gente inspira quando nasce. É questão de sobrevivência. Inspira forte para o primeiro grito. Mas, na adolescência, a gente começa a querer nascer de novo, de outra forma, para o mundo e vencer as incertezas e expectativas. Neste momento, eclode outro grito de dentro para fora. Assim, foi quando brotou minha alma poética.

Muitos podem pensar que foi o violão que despertou a minha arte de escrever e compor músicas. Mas não, foi um conjunto de situações. Gostava de ficar em casa, sozinho no quarto. Entre estudar e se dispersar, papocavam pensamentos de experiências vividas ou sonhadas. Nesta época, não havia internet e celular para atrapalhar os estudos e lembro que ficava imaginando versos e batucando na mesa. As palavras vinham saltando de um lado para o outro e quando as pegava, fazia rimas e poesias.

Portanto, eu nasci inspirado e respiro inspiração até hoje. Eu não vivo de música e letras, porém não sobrevivo sem meus versos musicados. E, em 2021, em plena pandemia, fui convidado a participar da Academia de Letras Juvenal Galeno (ALJUG) e, para mim, foi um renascimento. Renasci em um momento de risco de vida! Paradoxalmente, renasci enquanto muitas histórias de vidas foram interrompidas! No meu discurso de posse, em trovas, disse:

- Toda arte me comove.../poesia já te seguia.../ hoje evento me promove.../ ser membro de academia!

- Cadeira cinquenta e nove/ da ALJUG ... quem diria! / Que esta missão me renove / a escrita com maestria!