Carta da série “Um amor siciliano”, o grande amor de Enzo e Clara, dois seres capazes de viver um intenso romance por correspondência.




Catânia, 12/10/03


Mia dolce Clara,

Como está meu amor? Ontem não recebi mensagem tua, mas hoje tive a emoção de receber o pequeno pacote com os CDs da bela música brasileira que ouvirei nesta tarde. Agradeço-te muito por este presente, pensamento tão gentil da minha amada brasiliana.

A tua doçura me comove a cada dia e o meu amor por ti é como uma vela latina, que faz navegar no oceano dos sonhos, a barca que leva os meus sonhos mais bonitos a ti, minha rainha Clara, de doce sorriso e olhos brilhantes.

Eu sei muito bem que o nosso amor é virtual, mas eu penso também que os grandes sentimentos podem ser transmitidos até com o pensamento, assim como fazia o grande poeta e escritor Giocomo Leopardi, com a sua amada Silvia.

Como eu tive ocasião de escrever-te, os verdadeiros amores são os amores impossíveis, os amores sofridos, por que os dois enamorados não se encontram nunca, mesmo assim vivem um para o outro.

Podemos ser unidos mesmo estando distantes, podemos nos amar intensamente, mesmo não nos tocando.

O amor existe e é verdadeiro e os enamorados se amarão para sempre, como farei contigo, amor meu.

Eu pensava em ti quando fotografei estas flores.

Obrigado ainda, brasiliana do meu coração, que governa este grande amor procurado numa noite de inverno, entre a neblina e o frio.

Envio-te tantos beijos. 

Sejas somente minha. Adoro-te minha doçura, bom domingo.

Teu Enzo


Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 15/01/2008
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