Carta a Mari

Hoje sonhei com vocÊ;

seu rosto estava pálido e sorridente como nos dias de tristeza do passado;coberto de riscos brilhantes que desenhavam uma cidade de incertezas;fiquei inquieto com tal brilho e me demonstrei espantado;fiquei observando com olhos de lince a beleza desta simplicidade;sentei sobre os pés com lápis de tinta nas mãos;rasguei minhas imagens preferidas e ali fiquei a te olhar;a cortina balançava trocando a cor de seus olhos; e a luz do dia amenizou a escuridão;facas e discos ao seu lado decoravam seu semblante;

meu peito doeu;a saudade aguda fincou a ferida quase cicatrizada;e me derreti em sua presença;flutuei por instantes bem a sua frente;seu olhar parado e fixo me deixou livre;eu era seu admirador e você minha Deusa;parecia proibido toca-la; neste instante o amor me devorou;queria que o sonho se torna-se eterno e fosse o meu filme preferido;

mesmo com atuações de poucos movimentos;mesmo sem dialogo;

mesmo sem o vício humano;mesmo sem o prazer da carne;o amor me devorou;eu lhe conto agora o meu sonho;sem esperança de lhe reencontrar; mas se de vez em quando me fizeres uma visita;venha desta forma;sem avisar;pois meu dia tornou-se claro logo que acabei de acordar.

do teu

rdeorristt
Enviado por rdeorristt em 16/12/2005
Código do texto: T86824