Finda Poesia

Descarto as alvas penas, que esconderam-me o torpor de teus olhos mentirosos. E agora, que te mostras como és, e não como um dia pensei que fosses, é meu olhar que se faz impiedoso e carregado das condenações que carregas na alma.

Serão teus os lamentos e solidões desacompanhadas. As dores que provocaste, trarão todas as mentiras à tona. E ao sabê-las, morrerás um pouco mais, entre as palavras que ao desdém proclamas... nada serás além de tuas juras profanas!

Foste a sonoridade de cantos enternecidos, mas tua essência, por fim, fluiu de um interior obscuro e transpareceu às claras de uma imundície que rejeito. Pensamento estreito, musa de tantas entregas, faço morta a tua poesia em mim. Morto está aquele a quem negas.

ENIGMA
Enviado por ENIGMA em 29/03/2008
Reeditado em 01/11/2021
Código do texto: T922428
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