A Carta que Nunca lerás

Lembras daquele primeiro olhar?

Aqueles de um tempo em que a gente não podia se tocar,que nos olhavamos a distância sem se falar.

Eu os lembro bem,pois foi ali que comecei a sonhar,com os teus lábios a me beijar,com o teu corpo calmamente a se aproximar de mim.

Assim aconteceu,os nossos corpos se encontraram,se entenderam e se intrelaçaram,foi aí que a paixão se juntou comigo e eu acabei perdendo o meu sorriso.

Nunca te tive além de desejos,que era isso que me davas.não sei se quis de mais,se te merecia,mas o amor que alimentei que criei em meu peito,ele era puro e perfeito.

O amor onde te idealizei onde eras aquele "Deus" que tanto procurei o meu principe do conto "era uma vez",o senhor dos meus sonhos de menina.

Eu ainda era uma menina quando apareceste,com as minhas esperanças e sorrisos confortadores.Sim eu era uma criança que ainda cantava a vida,eu e minha imaginação que te enchia de valores e esquecia teus defeitos.E tu sempre perdido em amores.

Me digas quanta,quantas?Eu vi te beijarem,aqueles beijos que não dei,aqueles beijos que sonhei.

Quantas ainda irão passar?Quantas mulheres irão te amar?

Assim como vos amei.

Mas meu amor é diferente de todos os amores,pois ele é calado,trancado em mim ,um amor que não conhece o fim,um amor que pra ti não existe,desconheces,mas mesmo assim ele perciste aqui em meu coração que nunca tentaste ver,que a todo instante gritava por sofrer.

Não importa quantos versos eu fizera,quantas palvras bonitas eu crie para expressar meu tormento,pois o meu sentimento de ti se a parte,ele não chega em teu ser e de tua alma é desconhecido.

Não importa o quanto eu grite minha dor,o meu mais puro e terno amor,teus ouvidos são surdos,teu coração é mudo e não compreendes um gostar,não sabes o que é ser feito de espírito e o que é amar,és apenas um mortal que eu transformei em "Deus".

Borboleta da noite
Enviado por Borboleta da noite em 09/04/2008
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