... vale a pena voltar atrás e perdoar

Quero que você saiba...

Lembro dos acontecimentos, nossos, todos, um a um. Esse período longo sozinha tem me ensinado muitas coisas.

Tem fortalecido a necessidade de buscar o autoconhecimento, aspecto tão necessário em minha natureza humana.

Estou descobrindo que ceder é melhorar o meu jeito de ser.

Percebi nesse tempo que identificar relações insatisfatórias não me obriga a abandoná-las e sim modificá-las.

Ficar só. Ser companhia de mim mesma, ser o meu próprio entretenimento nessa fase de restrições financeiras, materiais e até de companhias amigas tem ajudado muito no meu crescer espiritual.

Ouço a voz da minha própria mente, do meu coração, dos meus guias, dos anjos afins, de Deus. Lembro do que fui ontem, sem pré-conceito, sem discriminação.

Estudar a astrologia tem me ensinado a escutar o tempo. Ele é silencioso e fascinante. Leva a gente sem fazer nenhum esforço. Estou adorando conhecer aspectos antes não percebidos sobre o tempo. Tenho deixado ele me levar. Estou entregue a ele. Seja o que tiver que ser. Chega de lutas, meu corpo e alma querem sossegar. Querem muito conviver pacificamente, principalmente comigo mesma.

Sei que sou intensa, que tenho espírito independente e sinto uma enorme necessidade de liberdade. Mas ao mesmo tempo tenho carência de afeto, de companhia em comum, de alguém para amar. Gosto do amor e de amar. Preciso dar e receber amor.

Compreendo que essas características fortes da minha personalidade assuntam e me impedem de manter uma relação amorosa constante. Estou aprendendo a lidar comigo mesma, com tudo isso, ao mesmo tempo juntos, e muito fortes.

Diariamente tento esvaziar a lixeira do subconsciente, com consciência. Entendo que esse processo não impede que a estrutura mental traga novos detritos. Que terão que ser interpretados, até serem eliminados.

Descobri na poesia e nas palavras escritas ânimo, entusiasmo e prazer antes desconhecidos. Mecanismo fascinante para exercitar as variações de criação existentes no meu ser.

Por que te falo tudo isso. Por que diferente de você, eu sinto muito a sua falta na minha vida. Falta da amizade, do saber, do olhar fraterno, da generosidade, do perdão... Por tudo, perdão que ainda não veio, mas que eu peço muito em minhas vibrações para que ele aconteça um dia.

Entre eu e você talvez não haja diferença... No sentido de vencer as próprias inseguranças, medos e silêncios profundos.

Insisto por que acredito que vale a pena voltar atrás e perdoar.

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 16/04/2008
Reeditado em 09/05/2008
Código do texto: T948198