A Rosa Púrpura - Carta para o Amor, saudades

Amado meu

O dia sem tuas palavras foi longo.
Abrir a janela no amanhecer no qual o canto em meus ouvidos não era teu, não hoje, foi tristonho.
Hoje era de um pássaro que mediante a saudade sentida por mim, se fez amigo e simplesmente pousou na janela e cantou.
Meus pensamentos não foram diferentes dos demais dias e segundos passados - ainda que em sonhos -, as recordações das conversas em nossos encontros, me banham em amor profundo.
A saudade se faz presente pelo sentimento imenso que nos acomete mais e mais a cada instante.
Como sempre, ouvir-te me é sinfonia, não para o coração apenas, mas para a alma.
Instantes lindos que vivemos, quando nada pode tirar nossa paz e tranqüilidade, quando em nossos lábios repousa o mel nas palavras adocicadas pelo amor e paixão.
É, eu sei o quanto parece eterna essa espera, mas o que importa é estarmos do lado de dentro, em coração, mente e espírito.
Sim, tomei café da manhã, pensei em ti, almocei, pensei em ti, trabalhei, pensei em ti, estou fortinha e me cuidando, sempre pensando em ti.
Não, nem se preocupe, esse amor é nosso.
Sim, sempre amo nossos encontros.
Cuide da cachorrinha, enciumada vai avançar em meu tornozelo.
Descanse e venha pros braços meus, braços estes saudosos de seu calor e carinho.
Sabe que amo você?
Não, não é da boca pra fora, vem da alma.
Beijos



Asssinado: Shelah Mêchubed

SP, 06 de Janeiro de 2005

Obs.: Não esqueça da rosa... A púrpura!