Imagem Google. Encontro dos rios Araguaia e Garças
Benedito, o Tradutor de canções
= Um conto em três capítulos =
(Hull De La Fuente)
Capítulo final
- Será que vai chover mesmo?
Benedito que amarrava a boca do saco de farinha, voltou-se pra ela e respondeu:
_”Ó dona! Aqui eu faço de um tudo, mais adivinhá se vai chover eu num posso, eu não sou veterinário...”
_Desculpe! Eu não falei com você. Eu só pensei alto.
_”Desculpe a sinhora, então. As compras ficaram pesadas, vou chamar o Bosta Seca pra levar as caixas pra sinhora, pode ficar tranqüila que ele é de confiança...”
_Por que você chama o seu amigo dessa forma – quis saber a mulher – ele não tem um nome?
_”Nome até que ele tem, mais é que nóis chama ele assim purcauso de que ele tem os dentes podres...”
_Já entendi. Não precisa dizer mais nada. Você colocou o fermento fleischman no saco?
Benedito ficou sem entender o que podia ser aquilo que a mulher tinha pedido e se saiu assim:
_” Isso aí eu num sei. Isso aí deve de ser só com o seu Francisco que é o dono da padaria e é amigo do prefeito. Tem coisa que eu posso saber e vender. Outras coisas, só ele que é o dono é que pode pra não dar prejuízo...”
Em seguida gritou a todo pulmão para o interior da padaria:
_Seu Franciscooooooooo! A mulher do doutor que anda pelado mostrando o pinto na rua, ta querendo negociar com sinhoooor!!!!!!!
Com o rosto coberto de rubor, Ana saiu às pressas da padaria e nem olhou para trás.
Benedito não falou nenhum absurdo. O marido russo de Ana, realmente tinha o hábito de andar nu pela casa e pelos arredores. Não devia ser fácil pra ele, viver sob 45 graus, dia e noite.
Benedito não deu importância à saída da freguesa e recomeçou a cantar:
_”Come prima, più di prima t’amerò... Le tue mani nelle mie...lá, lá, lá...”
Benedito, o Tradutor de canções
= Um conto em três capítulos =
(Hull De La Fuente)
Capítulo final
- Será que vai chover mesmo?
Benedito que amarrava a boca do saco de farinha, voltou-se pra ela e respondeu:
_”Ó dona! Aqui eu faço de um tudo, mais adivinhá se vai chover eu num posso, eu não sou veterinário...”
_Desculpe! Eu não falei com você. Eu só pensei alto.
_”Desculpe a sinhora, então. As compras ficaram pesadas, vou chamar o Bosta Seca pra levar as caixas pra sinhora, pode ficar tranqüila que ele é de confiança...”
_Por que você chama o seu amigo dessa forma – quis saber a mulher – ele não tem um nome?
_”Nome até que ele tem, mais é que nóis chama ele assim purcauso de que ele tem os dentes podres...”
_Já entendi. Não precisa dizer mais nada. Você colocou o fermento fleischman no saco?
Benedito ficou sem entender o que podia ser aquilo que a mulher tinha pedido e se saiu assim:
_” Isso aí eu num sei. Isso aí deve de ser só com o seu Francisco que é o dono da padaria e é amigo do prefeito. Tem coisa que eu posso saber e vender. Outras coisas, só ele que é o dono é que pode pra não dar prejuízo...”
Em seguida gritou a todo pulmão para o interior da padaria:
_Seu Franciscooooooooo! A mulher do doutor que anda pelado mostrando o pinto na rua, ta querendo negociar com sinhoooor!!!!!!!
Com o rosto coberto de rubor, Ana saiu às pressas da padaria e nem olhou para trás.
Benedito não falou nenhum absurdo. O marido russo de Ana, realmente tinha o hábito de andar nu pela casa e pelos arredores. Não devia ser fácil pra ele, viver sob 45 graus, dia e noite.
Benedito não deu importância à saída da freguesa e recomeçou a cantar:
_”Come prima, più di prima t’amerò... Le tue mani nelle mie...lá, lá, lá...”