Era uma esplendida manhã do mes de setembro, estavamos na primavera.
Saimos cedo, eu, e minha avó, todos os sábados ela costumava fazer uma feirinha no vilarejo. Eu gostava de acompanhar-lhe, ela ia sempre caminhando na frente, eu atrás, fazendo-lhe perguntas e ouvindo suas histórias.
Quando eu tinha uma folga na escola sempre corria para lá.Na vila, ela sempre comprava o que não se produzia no sitio.
 Ela era ainda uma mulher bem forte, apesar daquela  tragica  guerra de Canudos, onde ela perdeu seus pais, sendo  criada pelos seus tios.Chegamos no sitio da macambira ao entardecer, ela costumava prender algumas criações de cabras e bodes no curral ao lado da casa , para no outro dia tirar o leite.
Eu, aproveitando aquele momento, corri para a Lagoa que ficava  300m da casa
Bem em frente. A  lagoa era mistériosa, e parecia encantada,  me fascinava, minha avó costumava sempre falar-me, que lá todos os dias, uma onça todas as tardes bebia água,   e que, ali embaixo daquelas árvores, tinhas botijas de ouro enterradas.
Eu pensei:É mais uma dessas histórias que ela sempre costumava contar-me.
Eu estava lá, na minha mistériosa logoa sentada numa pedra a contemplar  o lugar.
Os árvoredos, repousavam como se contemplasse o lugar. Os cantos dos pássaros.era uma linda e suave melodia  que   penetrava na minha alma dando  uma sensação de tranquilidade e de paz..

Era tudo muito simples e feliz, ficava horas observando a penetrante beleza que a natureza nos oferece harmoniosamente.
Todos os animais bebiam água lá, era cristalina. As árvores faziam uma abóbada
de ramos e formavam uma espécíe de teto arqueado, era uma lagoa centenária, intocável  de vez ,em quando, o vento passava lentamente  derrubando alguns galhos das árvores.
A lua, quase aparecendo discretamente, as plantas exalavam sua aroma, os peixinhos dentro dela brincavam felizes, os sapinhos coaxavam, os grilos rilhavam,
era uma sintonia perfeita.
De repente: Ouço, um barulho, vindo da floresta, dirigir meu olhar para lá,
Fiquei parada, quase inerte sem mexer-me, imagine! Quem estava ali, na minha frente parada, olhando-me.: sim, era ela, uma  onça a suçuarana.
caminhou até a lagoa, bebeu  sua água  e foi-se.
Eu, voltei, sempre voltava nas minhas férias a casa da minha avó, mas ela nunca mais 
eu a-vi.
Rayalvessilva
Enviado por Rayalvessilva em 04/10/2009
Reeditado em 06/04/2017
Código do texto: T1847248
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.