O PORTEIRO DA NOITE

Dona Carmem mora sozinha, está muito feliz no apartamento novo e procura sempre retribuir a gentileza dos porteiros do edifício.

Ficou penalizada com o porteiro noturno que dormitava quando ela chegou certa noite um pouco tarde; perguntou-lhe por que não tomava um café. Ele respondeu que a garrafa térmica estava quebrada.

Dona Carmem achou por bem comprar uma cafeteira elétrica e presenteou o sonolento porteiro.

No outro dia, pelo interfone, perguntou se ele havia feito o café. Ele respondeu que ainda não tivera tempo para comprar o pó. Dona Carmem cedeu um pacote.

Dia seguinte perguntou se ele já havia feito o café e ele disse não ter açúcar. Ela comprou um quilo de açúcar, um potinho de manteiga, um pacote de bolachas e uma caixa de leite, deixando tudo na portaria para o sujeito.

Alguns dias depois ela pergunta:

- Como é Antonio, tem feito café?

O porteiro:

- A senhora não se zangue, Dona Carmem. Eu detesto café, por isso levei tudo o que a senhora comprou pra mãe da minha noiva. O pessoal gostou muito dos presentes.