Mãe joga bebê de colo da janela de prédio em chamas.

O prédio ardia em chamas. Da janela do quinto andar, mãe desesperada implorava que salvassem seu filho. Na rua, a multidão que crescia a cada minuto, observava impotente o desespero daquela mulher. O fogo começara pelos andares mais baixos e, lá no último, sem ter mais o que fazer, a mulher lutava contra o tempo que era cada vez mais curto. E nada da chegada dos bombeiros.

De repente, sem qualquer outra alternativa, decidiu consigo mesma atirar seu filho lá de cima, no meio daquele povo, que já se acotovelava na rua. Quem sabe a criança se salvasse. Lá em cima, essa possibilidade seria nula.

O povo lá em baixo, por mais que quisesse ajudar aquela mãe desesperada, nada podia fazer a não ser gritar, chorar e torcer pelo melhor. De repente, a surpresa. A mãe atirou a criançinha no meio da multidão.

Curiosamente, dentre tantos espectadores, havia um goleiro, jogador de futebol que, ao ver a criança que se aproximava cada vez mais da morte, voou por cima da multidão, pegou o menino e rolou tecnicamente pelo chão, como se defendesse um chute certeiro disparado contra seu time do coração. O povo, surpreso e enlouquecido de alegria gritava freneticamente, enquanto aplaudia o mais novo herói. Afinal, o homem salvara aquele bebê. A mãe havia decidido acertadamente.

Empolgado com os aplausos, com o apoio da nova torcida, o goleiro não pensou duas vezes: quicou a criança três vezes no chão, deu um chute daqueles, e jogou sua bola lá no meio da rua.