Lenga e Cadeia de Pendura Saia 3a Parte

3a Parte

Chegando em Pendura, foi direto para o armazém do seu Bento. Para ver o amigo, viu de cara o Pedro bêbado em um lenga, langa danado seu Bento e sua família. Podia notar que todos estavam muito tristes com a situação dele. Então Zé Antônio se aproxima, deseja boa noite para todos e vai sentando ao lado do seu amigo já dizendo.

-Pedro pare com essa bebedeira que isso não leva a nada. Aqui em Pendura tem muitas moças que ficariam felizes só de você olhar para elas.

-Zé você não entende, esperei a vida toda pela Vera, agora ela me diz que não querer saber de mim, que irá se casar com você.

-Mais eu não irei casar com ela, não faz meu tipo. No mais estou interessado em outra moça. Pare com essa lenga, lenga sem fim porque se não vou chamá-lo de Lenga. Até você parar

Diz isso olhando para Clara. Ela baixa a cabeça. Por mais que Zé Antônio falava, Pedro não parava de beber. Saiu cambaleando pela rua deitou em uma calçada próxima ao armazém, seu Bento e Zé Antônio, foi até lá, o carregaram para dentro, deitou-o em uma cama que dona Helena já havia arrumado.

Neste meio tempo em que seu Bento e dona Helena ficaram ocupados com Pedro, Zé Antônio aproveitou para falar com Clara, já foi logo dizendo.

-Clara, gosto muito de você. Queria saber se aceita ser minha namorada.

-Claro Zé! Desde o primeiro dia que o vi também gostei de você.

-Então está certo, vou falar com o seu Bento. Depois meus pais vêem aqui para oficializar o pedido.

Nisto seu Bento foi chegando e Zé Antônio diz

-Seu Bento, o senhor tem um minuto para conversar comigo?

-Claro!

-Seu Bento, é que gosto muito da Clara queria pedir a mão dela em namoro para o senhor.

-Zé, se for da vontade dela, quero que saiba que é de muito gosto da minha parte, pois sou muito amigo da sua família. Vou chamar a Clara para ver o que ela diz.

-Seu Bento, aproveitei o instante que o senhor e dona Helena estava lá dentro cuidado do Pedro, tomei a liberdade e falei com ela.

Nisto Clara se aproxima juntamente com dona Helena que diz.

-Estou muito feliz por você ter pedido Clara em namoro.

Dizendo,

-Bento, vamos até na cozinha passar um café.

Quando eles saíram de perto, Zé Antônio disse para Clara

-Clarinha, você não sabe como estou feliz este é melhor dia da minha vida, mesmo vendo o meu grande amigo nesta situação.

Foi quando Clara disse

-Zé, agora que somos namorados, posso te contar o que a Lúcia me disse outro dia, porque não se você sabe, mais somos amigas.

-O que ela lhe disse?

-Me disse que ama o Pedro, que sempre o amou. Mas, que sempre calou esse amor porque sabia que ela estava esperando pela Vera.

Se é assim, temos que dar um jeito de aproximá-los. Mas, vamos falar de nós agora.

Neste meio tempo Pedro acorda, levanta da cama, sai sem fazer barulho. Chega no armazém, diz para o empregado do seu Bento lhe vender duas garrafas de pinga , indo para o largo da igreja. Chegando lá, senta em um banco e começa a beber novamente, bebe até cair. Nisto o delegado que era novato na cidade, o vendo bêbado vai até lá perguntando,

-Qual é o seu nome?

Pedro responde

-Lenga, as suas ordem.

Ele toma isso como ofensa e o prende na cadeia. Só que a cadeia de Pendura quando foi construída, fizeram um concreto colocando sacos de sal para depois fazer o piso. Com isso, as celas eram muito frias. Ninguém de Pendura viu quando o delegado prendeu Pedro.

Zé Antônio, acabando de conversar com Clara, pega o Jeep indo direto para casa todo feliz.

Dona Helena vai até o quarto para ver como Pedro está não o vendo vai até o armazém e diz,

-Bento o Pedro não está lá mais lá no quarto.

Quando o empregado diz,

-Ele passou aqui comprou duas garrafas de pinga montou no cavalo e saiu.

Todos pensaram que Pedro havia ido embora.

Na segunda feira o Delegado viaja deixando Pedro preso.

Lucimar Alves

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 13/03/2011
Código do texto: T2846356
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