Mulher macha sim senhor

Jô, cheia de vida e de razão lutando pelos seus sonhos, honesta e com sangue quente correndo nas veias , ma sem perder a estipe. Tinha Jô uma afilhada que muito considerava, era cria da casa, entrava e saia quando queria.

Jô tinha um marido o qual amava e era amada, um descuido apenas um descuido, atrás de um sonho entrou numa batalha e por um pedaço de chão se aventurara . o marido que amava não sonhava o mesmo sonho e com ela não se aventurava, e se assim sonhava e se assim queria era por este sonho próprio que batalhava. E se assim queria era por ela mesmo que fazia quando resolveu acampar junto ao MST decidida dia este é meu lugar para a própria vida melhorar um pedaço de chão ia angariar.

Foi assim a vida de Jô , mulher trabalhadora que um dia no meio do dia tomada pela saudade para o velho rancho resolveu voltar, para ver como estava, chegou na casa saudosa e cansada abriu a porta contemplou tudo e se atirou na cama se espreguiçando, sentindo a maciez do lençol bem diferente do barraco de lona onde estava.passando a mão pelos lençóis para sentir o perfume e a maciez coisas que no barraco não tinha. Encontrou um objeto pequeno apalpou entre as mãos e quando abriu era um brinco. Reconheceu na hora eram os brincos que havia presenteado a afilhada. Levantou de súbito com o brinco esmagando entre as mãos em cólera profunda. Porem sem perder a dignidade se recompôs, se ajustou se aprumou o semblante de mulher traída. Passou a mão no 38 pôs no bolso e foi em busca da puta que havia deitado em seu leito com seu marido, já era sabido não tinha outro safado ou outra mais atrevida era ela sua afilhada sua amiga,

.encontrou-a enfim olhou-a bem com um semblante calmo e admirável, e como que repara tudo perguntou sem alterações: Você perdeu um brinco, desesperada a afilhada passou a mão nas orelhas e percebeu a falta já imaginando a cilada que a vida havia lhe preparado, e respondeu já meio encabulada:Ah! Sim devo ter perdido por ai,

- onde vc perdeu? Não sabe onde?

- Não! Não sei.

- Não sabe mesmo?

-Não porque esta pergunta madrinha?

- porque não seria este aqui? E abriu a mão, e você sabe muito bem onde eu o encontrei, na minha cama, a afilhada amarelou pensou em inventar uma boa historia, mas JÔ ataiou com a mão no 38 fez a afilhada perceber que não estava para brincadeiras.pois a arma retinia na Iris da afilhada e o brilho do 38 fez a traidora calar.

Pelo amor de Deus madrinha, não é nada disso e intentou inventar uma historia esfarrapada, que não deve procedimento.

Ótimo se é assim você vem comigo

E a afilhada sobre a mira do 38 se foi agindo ambas com naturalidade como se isso fosse possível, chegando no bar do marido, bar que só tinha uma saída a saída na qual estava e que a mantida sobre vigia, perguntou novamente o que aquele brinco estava fazendo em sua cama , e pelo amor que ambos tinha a suas miseráveis vidas, não ousassem ignorar sua capacidade de raciocínio, e mentiras não adiantariam somente a verdade que ela já sabia valia a vida deles. Pois se abrissem a boca para argumentar ou lhe contar algo que não fosse o sabido as balas sairiam daquela arma sem piedade e ia ter o prazer de sentir vibrar em suas mãos a arma que enviaria a bala direto para o coração com a certeza absoluta que não erraria.

O cafajeste confessou: Jô não esperava outra atitude e para os traidores não havia outra saída a não ser a confissão pois não tinham para onde correr.

Apenas falou em voz alta e firme: Mando buscar meus pertences, e sem fazer alardes ou ranhuras saiu com seu porte de rainha, arrebentada por dentro. Mas mulher macha que era não iria desmontar na frente de duas pessoas que não souberam lhe dar valor, pois a indiferença fere mais que bala e arde mais que fogo. Pra sua sorte encontrou um taxista amigo que havia assistido parte da cena, entrou no taxi muda e saiu para sempre da vida dos dois safados. Isso não é fantasia é vida real aconteceu na Vila Rural.

MARGARYDA BRITO
Enviado por MARGARYDA BRITO em 15/03/2011
Código do texto: T2850051
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