FAZENDO FORTUNA

FORTUNA A SOLTA

Na porta do Grande Hotel havia um engraxate filho de uma costureira e um jogador profissional de baralhos. O garoto sempre alegre fazia amizade com todo mundo. Engraxava aqui, levava uma encomenda ali, sempre disposto a servir a todos.

Um famoso cliente do hotel, lá da Capital Econômica, assim é que chamavam Anápolis naquela época, também utilizava os préstimos do rapazinho. Ele ia ao banco, ia à empresa dele na contra esquina da Avenida Anhanguera com a rua 8. Assim era todas as vezes que esse senhor de nome Gibram procedia na cidade.

Em um ou dois anos o engraxate estava empregado na empresa do comerciante de Anápolis. Começou com serviços simples, limpar o chão e o banheiro, servir cafezinho, lavar as vasilhas, ir ao Correio, aos bancos, etc., etc.etc. Nem me lembro do nome dele parece que tinha um apelido: Príncipe. Com o passar dos anos o garoto crescia e vez por outra era promovido. Graças a seu bom humor continua a agradar a todos e já era balconista da alto peças do Dr. Gibram. O movimento aumentou falou-se em colocar outro balconista e o Príncipe trouxe um primo como candidato. Foi aprovado e recebeu o apelido de Rei... Por muito tempo trabalham naquele lugar e o comerciante envelhece, envelhece, perde a mulher com câncer, ainda uma doença desconhecida e ele entra em depressão. Os filhos não queriam nada com a dureza e Gibram entra em profuda decadência até que resolve vender a loja, agora já uma revenda de carros da famosa marca JEEP. Não deu outra vendeu a empresa à dupla Real : Príncipe e Rei. Eles desempenharam tão bem a incumbência de donos, que hoje são empresários bem sucedidos e ricos.

Quem é que diz que engraxate não acha fortuna em plena Avenida Goiás.

Goiânia, 14 de JULHO de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 14/07/2011
Reeditado em 15/09/2013
Código do texto: T3094261
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