O verdadeiro poeta do sertão

Era um tempo de paz.
Lembro que todas quintas feiras, no alto da ladeira, eu ia rezar.
Pertinho do pé de macieira, bem abaixo das laranjeiras, avistando os pés de cajás. Ah, como é bom cantarolar.
Como era bom acordar, com o canto do sábia, o sapo na lagoa a coaxar, meu cavalo faisão, parecia um falcão, voava pelo chão como o peixe nada no mar.
O verdadeiro poeta do sertão, é aquele que tem nas mãos os calos da plantação, no peito um enorme coração, vive com alegria e, sempre sabe quando é meio dia.
O que mais posso querer da vida? Além do amor de Maria,as tardes de alegria e esse enorme coração? Sim Deus, peço sim saúde a meus paizinhos, aos meus amiguinhos, e os animais de criação.
Queria pedir também ajuda, que o senhor trouxesse chuva para esse imenso sertão. Já faz tempo, acho que desde setembro nada pinga nesse chão.
O resto deixe estar, sempre aqui vou morar, nada se compara a isso, esse imenso paraíso chamado sertão.
Eduardo monteiro
Enviado por Eduardo monteiro em 11/08/2011
Reeditado em 10/06/2013
Código do texto: T3154730
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