Peço atenção dos senhores leitores, lembrei-me de outrora a imagem de um menino, nasceu na terra de gente boa, lá no sertãozinho de alagoas, sempre teve sonhos e planos, assim como lia nas histórias de seu conterrâneo Graciliano Ramos.
   Pés descalços, andando pelo cerrado castigado, queria ser presidente iria levar água para essa gente, que tanto sofre, tanto pede para Deus. Andava muitos quilômetros até a escolinha feita de lata, andava descalço, só vestia seu chinelinho remendado, quando na sala entrava.
   Sua vida inocente sempre alegrava a todos, não tinha muitas ambições, só queria continuar sendo esse garoto, que como uma semente jogada ao chão desperta esperanças a todos.
   Em um dia de janeiro a chuva castigou esse chão como nunca antes se vira, esse menino se perdeu nunca mais apareceu nesse sertão, sua memória se foi, assim como seus sonhos, nos deixou em pleno abandono , nessa cadeira também assim como eu tão velhinha, não chego a pedir mais chuva pois quando ela vêm leva tudo consigo, os amores e os inimigos. Deus era só uma chuvinha.
Eduardo monteiro
Enviado por Eduardo monteiro em 25/10/2011
Reeditado em 25/10/2011
Código do texto: T3296341
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