Ahh!! saudade de outrora, sinto nessa hora uma lágrima rolar. Me pediram para contar uma história que emocionasse corações, para fazer gente chorar, mais não sei inventar, mal posso fingir rezar, ainda não aprendi também a arte de orar.
   Para contar  a história de  minha vida, deve-se mostrar os calos da mão lá da época da plantação, onde fui boia fria, tempo de agonia que mais magoou meu coração. Fui apaixonado por Tereza, uma senhora de fina beleza do qual era proibido de olhar.
   Era apenas um maltrapilho, e, se um dia eu tivesse  um filho nem de mim ia se orgulhar. Essa paixão tirou meu peito, quando chegou fevereiro e tínhamos que andar. O tempo de colheita de cana acabou, Tereza para trás ficou, quando o caminhão começou a andar. Não percebi nada em seu olhar, também perdi sua visão quando eu parei para secar, uma lágrima de solidão.
    Desculpa meu amigo se sempre escrevo histórias tristes, mais tenho que botar para fora o que mais alfige esse surrado coração. Antes que vá embora devo te dizer, o que ainda me mantém vivo, é uma chama de esperança, algo preso em minha garganta que devo contar.
   -Escute meu amigo, penso em voltar para lá, sim no sertão do pará, dizem que Tereza nunca casou, uma vez se juntou com um senhor, mais acabou por se separar, devo voltar lá dizer que a amo? dizer que fiz tantos planos e, queria realizar o sonho de casar?
   -Bom meu amigo saiba que sempre estarei contigo, você não tem nada além desse rico coração. Vá diga tudo que você quiser, encontre essa mulher que sempre te fez sonhar. Mais saiba que deixarei o portão aberto, se por algum acaso precisar desse teto, para novamente chorar.
   
   
Eduardo monteiro
Enviado por Eduardo monteiro em 06/11/2011
Reeditado em 06/11/2011
Código do texto: T3321085
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