A história da cadelinha “Sosô”

Tão pequenos e indefesos estavam dentro de uma caixa de papelão. Os recém-nascidos ficaram lá de manhã e a tarde chorando. As pessoas passavam sem parar em uma rua movimentada e algumas mal notavam os bebês na caixa se debatendo desesperados a espera de uma ajuda, outros sentiam dó, mas nada faziam. Foi aí que apareceu Ana , uma garota apaixonada por animais, ela estava voltando do trabalho muito cansada , passou pela caixa de cachorrinhos do mesmo modo que as outras pessoas .De manhã havia visto os pequeninos e por serem” bonitinhos” ela pensava que uma boa alma haveria de se compadecer dos nenezinhos, mas era noite e ele continuavam lá sozinhos e famintos, algo deveria ser feito e ela foi para casa com peso na consciência de não ter ajudado os cachorrinhos, como ela sabia que não adiantava ligar para zoonose porque eles só recolhem os animais que causam perigo a sociedade ou sofrem maltrato , ela decidiu fazer algo belo e quase irracional , foi buscar os cachorrinhos com a ajuda da sua mãe. Eram cinco, três machinhos e duas fêmeas. No começo foi tudo muito difícil pois eles choravam o tempo todo e elas já tinham duas cadelinhas (Belinha e Luna) que foram criadas dentro de casa. Eles cresciam rápido, o tempo passava e não conseguiram “pais adotivos” para as pobres “crianças”, na verdade Ana procurava por gente que realmente gostasse de cachorro.

É muito triste as vezes a gente vir alguém que pega um cachorrinho para criar só para descontar suas maldades em um bichinho tão amorosos e indefeso.

Esperaram os pequenos crescerem um pouquinho e conseguiram que todos os machinhos fossem adotados por gente realmente de bom coração.Ficaram com as fêmeas pois elas eam muito agitadas e por isso seria difícil uma adoção, castraram as duas e as pessoas continuaram a não querer adotá-las , até que uma delas ganhou novos” papais” mesmo estando grandinha e hoje é tratada como uma princesa por sua dona. Dos cinco filhotinhos apenas uma sobrou, e Ana lhe deu o nome de Sofia, nome tirado de um livro de filosofia, tem gente que não gosta que se coloque nome de gente em animais mas como diria Walcyr Carrasco “pessoas devem se sentir honradas por ter nome de cachorro” e eu concordo porque ao meu não existe bichinho mais bonzinho e humilde.

Ana às vezes ficava impressionada pela inteligência de sua cadelinha, mesmo sem nunca ter sido treinada por profissionais ela entendia perfeitamente tudo que lhe era dito, quando chegava do trabalho a primeira coisa que dizia era“senta quietinha e me dá a patinha Sosô”, ela sempre obedecia e ficava a balançar o rabinho de contentamento enquanto lambia as mãos de Ana. Como ela mordia por ser um cachorrinho de proteção da casa infelizmente tiem de dormir no quintal e não no quarto como a Luna e a Belinha, mas todo dia a noite antes dela dormir começa a chorar até que a Aninha aparece lá no corredor com um paninho e ela lhe segue até sua caminha, chegando lá Ana a cobre com o paninho de modo que ela fique bem quietinha , depois disso Sosô sente-se protegida e dorme a noite toda quietinha sem reclamar se pudesse falar diria que é muito alegre por ter uma família e uma “mamãe” que lhe querem tão bem.