A força do destino

Numa cidade pequena, no interior de Minas Gerais, resida uma garota muito bonita e charmosa. Seu defeito era: queria subir na vida e viver no luxo. Portanto, não fazia nada para melhorar de vida. Não estudava e nem trabalhava. Só pensava em dar o golpe do baú. Como se considerava muito linda, não era difícil encontrar um pretendente.

Os moços da cidade, sabiam das suas intenções e, namoravam-a apenas para tirar algum proveito.

Até que um dia apareceu na cidade um caminhoneiro contando a maior proeza dizendo ser filho de fazendeiro e proprietário daquela bela carreta que dirigia.

De cara ela pensou: "vou me dar bem e conquistar esse rapaz e me casar com ele para viver a vida que eu tanto sonhei! Como Deu sé bom!

Ouviu as minhas preces".

E não foi difícil conquistar o jovem. O namoro começou. Ficaram noivos e, já marcaram o casamento.

Tudo foi tão depressa. O grande dia chegou! A igreja enfeitada. Os convidados e padrinhos todos esperando o noivo chegar e... nada.

Esperaram mais de 2 h e o noivo não apareceu. Ela chorava desesperada. todos chegaram a pensar no pior. Um desastre. Não tinha outra explicação. E o pior de tudo que ninguém sabia onde o moço morava!

O pai dela pediu desculpa aos padrinhos e convidados e todos foram embora.

O tempo passou e nada de notícia do rapaz. A barriguinha da moça crescendo. Ela procurava esconder até que um dia o seu pai percebeu. Expulsou-a de casa sem a menor compaixão. Caboclo rude do sertão. Naquele tempo, moça que engravidava era repudiada pela sociedade.

Ela andou perambulando de casa em casa pedindo comida. Ninguém sentia pena da coitada. Davam-lhe um prato de feijão com arroz e mandavam-a embora. A coitada comeu o pão que o diabo amassou!

Até que um dia o pior aconteceu. Ela sentiu dores de parto na beira da estrada e deu à luz um menino. Ela teve o parto sozinha. Pela força do divino, ela cortou o cordão umbilical e, naquele momento ela perdeu o juízo. Deixou a criança jogada na estrada embrulhada com apenas um pedaço de pano.

Um caminhoneiro viu aquele vulto, parou e, constatando que se tratava de mais uma loucura de alguma maluca; cobriu o bebê e correu para o hospital mais próximo. O médico medicou, e mandou que ele tomasse as devidas providências entregando a criança a juizado de menores.

Ele fez melhor. Levou o bebê para sua mãe cuidar, mesmo porque ele era solteiro. O menino foi crescendo com grande sabedoria e obediência.

O tempo passou, e, um dia ele já mocinho; seu suposto pai lhe chama e faz uma confissão. " Senta aqui, meu filho querido. Eu vou te contar a verdade. Não sou seu pai geneológico. Menti para você que sua mãe morreu de parto porque você era muito pequeno e não iria entender. Agora que está moço, tomei coragem para lhe contar toda a

verdade". E detalhou toda verdade ao jovem. O rapaz abraçou-o forte mente e disse: " Meu pai querido. Te amo ainda mais por esta atitude

tão nobre"!

O seu pai queria que ele fosse formado em algo. Portanto ele insistia em ser caminhoneiro com o pai.

O sr. caminhoneiro havia economizado algum dinheiro e comprou uma pequena fazenda e começou a criar gado.

Para não contrariar o filho muito amado, comprou uma carreta e presenteou-o.

E o jovem ia pelo caminho viajando com a sua bela carreta todo orgulhoso pensando na história que o seu pai lhe contou. Não conseguia tirar aquilo da cabeça e, dizia consigo mesmo: "Um dia eu ainda vou conhecer minha mãe. Algo me diz que isso vai acontecer breve." E de repente uma senhora maltrapilha lhe pede uma carona.

Ele muito educado, percebeu que não se tratava de nenhum bandido; parou e deu carona àquela pobre mulher. E durante a viagem foram conversando. E a sra. começou a contar a sua história. " Sabe,moço. Há alguns anos atrás, eu namorei um carreteiro lindo como você! No início eu pensei em dar o golpe do baú, mas com o tempo percebi que estava louca de amor por ele! O ingrato me deixou plantada na porta da igreja e sumiu! O jovem começou a chorar e abraçou-a fortemente, dizendo: " Mamãe querida! O destino nos pregou uma peça. Eu tinha certeza que um dia eu iria te encontrar. Eu sentia isso dentro do meu coração! Agora quero que você venha conhecer quem me criou co muito amor e carinho.

E levou a sua mãe para conhecer o seu pai adotivo. Assim que o homem viu aquela mulher, quase desmaiou de susto! Era aquela que ele deixou à esperar na porta da igreja. Ambos se abraçaram e beijaram perdoando-se reciprocamente. E foram felizes para sempre.