Ao pé da Ladeira encontrou o amigo.
─ Cumé qui foi lá seu noivado com a Rosa ─ Zé perguntou com um tapinha nas costas de Tobias ─ Uai sô ─ continuou. ─ Cê tá branco qui nem papé. Qui aconticeu homi de Deus?
─ Ih, Zé. Num queira sabê. O pai dela é bravo feito onça.
─ Me conta, Tobias.
─ Tava eu lá feliz da vida quando vi aquio.
─ O quê?
─ Uma carabina dês tamain apontada pra ieu.
─ Cê guaguejô, Tobias?
─ Qui nada! Nem trimi.
─ Num é o qui parece não.
─ Infrentei o homi, tô falano. Só num gostei duma coisa.
─ O véio pôs ocê pra corrê?
─ Não! É qui ieu tava doidinho prá pegá na mão da Rosa, e sabi o qui aquei ogro fiez?
─ Fala logo, Tobias.
─ Mandô a fia caçula ponhá as alianças nieu e nela.
Zé soltou uma gargalhada.
─ Ondi é qui ocê foi amarrá sua égua, hein amigo.
─ E num é? Má tem pobema não. Pô aquéia morena infrentu o arsenal inteio do véio.
─ Zé balançou a cabeça duvidando.
─ Acredito não ─ e fixando o olhar ladeira acima, exclamou: ─ E pu falá na pieste lá vem o pai da Rosa.
─ Ondi, ondi ─ gritou Tobias fugindo em desabalada carreira.
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