A menina que ficava perdida na rua

Rio,11/08/12
       Aconteceu por volta de 1977 em Búzios. Considerada uma das mais belas praias do Rio de Janeiro. Por isso Laura resolveu tirar um fim de semana para descansar. Tão logo chegou a Praias dos Ossos se deparou com uma menina perto da porteira. Algo lhe chamlou atenção,posto que vivia chamando pelas pessoas e, ninguém, parecia lhe dar ouvidos. Laura saiu do carro e se aproximou meio encabulada:
       _Moça, moça me leva para casa?
       _ Aonde você mora?
       _ Eu não sei o endereço, mas sei ir até lá.
       _ Você está perdida?
       _ Sim. e minha mãe deve está doente de preocupação comigo.
       Olhou ao redor. As pessoas olhava para ela assustadas e algumas se benziam.
       _ Por  que ninguém te ajuda?
       _ Não sei. Tenho a impreensão que eles pensam que eu sou fantasma.
       _ Pobrezinha. _ Acariciou-lhe o queixo: _ Uma menina tão linda como você? _ Lembrou do seu carro: _ Olha, meu carro está ali. Venha que eu te levo.
       A menina obedeceu e no caminhoo das praisas de João fernandes, geribá, Armação de Búzios e finalmente Rua das pedras. No caminho a menina contava como tudo aconteceu. Laura ficou boquiaberta. Como existia gente má nesse mundo!
       Logo chegaram na casinha azul aonde morava:
       _ Vamos!
       _ Espere, vou pegar umas flores para minha mãe!
       Laura sorriu da esperteza da menina. lógico que esses dias todo de desaparecimanto levaria uma bronca. E nada melhor que agradá-la com flores e dizer que estava bem. Concordou não vendo remédio. Saiu do carro enquanto a espiava olhando para o mar. A casa era de aparência humilde. o portão não tinha fechadura então, reparou que estava aberto. o caminho que se estendia até a varanda era ladrilhado. Separando dois jardins abandonados..
        _ Ô de casa! _ Chamou ouvindo a voz cansada que vinha lá de dentro. Ao entrar se surpreendeu com uma senhora acamada.: Bom dia senhora.
        _ Quem é você? E quem a trouxe aqui? _ Perguntou desconfiada:
        _ Sou de paz. Meu nome é Laura Ribeiro e sou do Rio de Janeiro. Vim aqui trazer sua filha que estava perdida na rua.
        _ Minha filha, moça? Que brincadeira é essa?
        A senhora tossia muito e falava pausadamente.
        _ Me conte essa história direito, por favor!.
        _Antes de mais nada tenho que cuidar da senhora. Já foi examinada pelo médico?
        _ Médicos aqui é muito longe. _ Tossia bastante:_ E os que chegam a vir até nós cobram o olho da cara.
        Laura foi abrindo as janelas e fazendo uma limpeza no quarto:
        _ Venha senhora fique aqui na sala. Preciso trocar esses lençóis. Quando sua filha entrar pedirei que me ajude a arrumar esta casa.
        _ Pare, pare com isso, por favor! O que está dizendo. Minha filha!
        _ Sim. Ela ficou lá fora pegando umas flores para lhe agradar. pelo que percebi e pela história que me contou, ficou bastante tempo fora de casa.
        _ Vejo que a senhora não é daqui. Como a encontrou?
        _ Logo que cheguei a vi saindo da porteira. Disse que estava perdida e ninguém a ajudava pois, parecia que ela era um fantasma.
        _ E como ela era?
        _ Igual a moça daquela foto ali. _ Presenciou na cabeceira o porta-retrato.
       _ Volte lá moça e verá que se enganou.
       _ Como se a trouxe até aqui. _ De repente, notou que a menina não entrou: _ Ué, já devia ter entrado.
       _ Volte onde a senhora a encontrou e verá que digo a verdade. Trata-se de minha filha Áurea. Morreu há três anos atrás quando caiu do despenhadeiro e bateu a cabeça nas pedras, porque estava fugindo dos coleguinhas de escola que caçoavam dela. Certamente, nunca aceitou esse fato.
        Lembrou da  história que lhe contou no carro." Eles corriam atrás de mim. Me bateram muito, Ah, mas, teve uma hora que eu mordi os pés de um e pisei na mão do outro. Consegui escapar e sai correndo sem ver que tropeçava numa pedra e escorreguei no despenhadeiro. Á noite, bem a noitinha, quando todos dormiam sai andando, andando e fui parar lá na cidade".
        Laura estava no carro de volta para á praia dos ossos. Desceu do carro e aproximou da porteira percebendo que nesta, havia uma fechadura. Viu adiante um portão onde as pessoas passavam e entravam seguindo em frente e sumindo nas pedras. Viu a igreja de Nossa Senhora de santana. A seguir o cemitério. Achou curioso um cemitério começar pelas gavetas. E adentrou com o coração saltitante. Logo viu a menina perdida próximo de um túmulo:
         Àurea, Áurea!
        Chamou-a notando que ela correu. E quando Lauro se aproximou do túmulo onde a viu, qual não foi sua surpresa ao perceber que ali estava a foto dela e os seguintes dizeres:
        Aurea dos Santos de Jesus_ (12/04/74...22/07/77)
       Laura deu um grito e desmaiou:
       _Aaaaaaa!
                                                Dame!!!
         
madre
Enviado por madre em 12/08/2012
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