A Luta Contra O Mal Da Bebida

Certo dia em uma banca de bar de um bairro agitado, havia um homem que estava tonto de tanto beber cerveja. Todo santo dia, ele, ia sempre beber e beber...! Uma vez que o bar o fechava, arrumava um jeito sempre. Em sua casa, havia litros de bebidas alcoólicas, com alguns quitutes para acompanhar.

Em um dia, ele saiu de sua casa novamente e, foi diretamente para o bar. Todos o conheciam de anos. E novamente se colocou em uma mesa, e tomou um punhado de cachaça. Vinham uma, duas, três... Quatro, cinco, seis copos de cachaça de uma vez só. Quando chegou a sétima, sua esposa, aflita com sua situação pediu para que parasse de beber e ir para casa deitar-se em uma cama aconchegante e dormir várias horas, pois já é tarde. Ele nem deu ouvidos a mulher, e colocou o sétimo copo de cachaça pelas goelas. A esposa com sua filha viu que não tinha nada a fazer, se raspou e foi para casa dormir.

Passaram-se horas, e o pobre homem embriagado saiu do bar e, bebo demais, mal podia se segurar em pé. Naquelas ruas frientas, ele, passava por dificuldades. Passou de sua casa e se afastou cada vez mais de seu bairro. Deitou-se no chão com sua garrafa de cachaça das brabas, e começou a dormir. Até que o dia quase deu o ar da graça, e o homem parecia um mendigo, com sua calça rasgada, e todo arranhado. Ainda era noite, por volta das três e meia da madrugada e, ele ficou maluco e sem saber onde estava. Avançou ainda mais e, avistou, algumas cabanas de povos chamados bóias-frias: trabalhadores rurais itinerantes. Chegou mais perto e deu de cara com uma garotinha bóia frenesi. Chegou mais perto da garotinha de apenas sete anos, e perguntou-a que horas era. A garotinha olhou para o seu relógio e afirmou que eram apenas cinco horas e dez minutinhos da madrugada.

O homem muito cansado e fraco, perguntou a garota se podia se estabelecer em sua casa. A garota, meio que sem jeito, disse-o que iria perguntar a sua mãe.

Depois de falado com a mãe, a garotinha disse que sim, que podia ficar, pois parecia um homem bom. O homem morto de cansaço jogou a garrafa que estava em sua mão e entrou, e deitou lentamente no sofá. Ele por sua vez, contou tudo para a mãe da garota, e chorou de emocionado. A mulher disse para não abandonar sua família, contou que tinha um esposo que morreu embriagado, depois de colocar-se enfrente de um caminhão para salvar uma garrafa de cerveja. A mulher ainda falou mais, disse-o para voltar para casa e, nunca mais beber tanta bebida alcoólica.

O homem magoado com o que fez com sua vida, agradeceu a mulher e partiu sua jornada rumo volta a casa. Alegre, e forte foi caminhando, cantando, e falou para ele mesmo, que tinha outra sensação muito melhor sem beber.

Chegando a sua casa, sua mulher deixou um bilhete dizendo que foi passar um tempo fora, pois estava difícil de conviver com o pobre homem. Desesperado sem nada a fazer, só chorou. E chorou muito, mais nada fez trazer sua família de volta.

JÚNIOR, Sueldo. A luta contra o mal da bebida. Contos > Causos. Ler e aprender. 17 de Julho de 2013.

Sueldo Júnior
Enviado por Sueldo Júnior em 17/07/2013
Reeditado em 24/07/2013
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