A mula-sem-cabeça

Corre uma lenda por todo o Brasil da mula-sem-cabeça.

Aqui, em Minas Gerais, um vizinho, agora falecido, Sô Wilson, contou-me com detalhes a aparição de uma, para ele.

Numa noite de lua cheia, ele, Sô Wilson, caminhando pelas ruas ermas de uma cidade do interior, Sabará, deparou-se com um animal que galopava vindo da direção do pé da serra da Siderúrgica, saída para Caeté, soltando poeira de suas patas e no lugar de sua cabeça o que se via? Faíscas, ou até mesmo, chamas.

Segundo a lenda, as mulheres que se enamoravam dos padres, viravam mulas sem cabeça. E, à condição de se voltarem à situação normal, ou seja, desvirando, se dava, em noites de lua cheia, percorrendo cinco encruzilhadas, rezando um Pai Nosso para cada Mistério do terço.

Percorrendo as cinco encruzilhadas, os Mistérios estariam cumpridos, restando apenas a oração do Credo para que a reviravolta acontecesse e o perdão fosse conseguido.

Palavras chave

Mula-sem-cabeça, lenda, Sabará.