O osnofa e as boas lembranças do carnaval de Itaúna. Mesmo

Histórias imagináveis do osnofa

Osnofa relembra com saudade os bons tempos do carnaval de Itaúna

O osnofa e as boas lembranças do carnaval de Itaúna. Mesmo pesquisando é impossível contar todas as histórias passadas no carnaval itaunense, no passado e no presente você faz parte desta história. As Escolas de Samba, os Blocos de rua e os bailes dos Clubes sempre foram e sempre serão o pivô de todos os carnavais. Em Itaúna os bailes de Clubes e os Blocos de rua, vieram primeiro. O Bloco dos Farrapos, lúdico e irreverente, abrindo espaço para todos os foliões, cada um à sua maneira, com muita alegria mostravam as fantasias mais exóticas. Depois volto a falar deste momento tão especial no carnaval de Itaúna, carnaval de Blocos e Clubes.

Outro dia conversando com o carnavalesco Paulino de Assis, famoso Paulinho da Rua da Ponte, pai do meu amigo Fininho, Rei Momo entre os mais elegantes de todos os meus carnavais, comparado com os inesquecíveis Mampu e Buzina, também reis momo do nosso Carnaval. Fiquei sabendo que a primeira Escola de Samba de Itaúna nasceu na Rua da Ponte no ano de 1961, a Escola de Samba Unidos da Ponte que fez seu primeiro desfile na Praça da Matriz. Daí, descobri porque o Manoel da Zinha tem todo este amor pelo carnaval e nesta história do osnofa vocês vão ficar sabendo quantas outras pessoas de Itaúna têm este mesmo amor pelo carnaval. O saudoso Mário Coqueiro gostava muito de carnaval, a ponto de sair de Itaúna pra ver o Carnaval do Rio de Janeiro, quando os desfiles das Escolas de Samba ainda eram na Av. Rio Branco, neste tempo a apoteose do samba, o Sambódromo ainda não era o sonho do arquiteto Niemayer e muito menos do seu parceiro Darci Ribeiro. Assim o Mário Coqueiro sempre ia ver o Carnaval Carioca no Rio de Janeiro e rondava os barracões procurando entender todo aquele sonho e na hora do desfile acompanhava atentamente cada movimento das Escolas de samba que estavam desfilando e o batido de todos os instrumentos. Um dia o Mário Coqueiro sacudiu a cabeça cheia de sonhos de carnaval e parou na porta da oficina do pai do Manoel da Zinha ali perto do Posto Jussara, aquele posto de gasolina que está lá até os dias de hoje, então entrou na oficina do Manoel da Zinha e contou pra ele o sonho de fazer uma Escola de Samba para o carnaval de 1961. Imediatamente os dois começaram a produzir: instrumentos, estandartes, adereços, fantasias de baianas, porta bandeiras, passistas e alas, eram imaginadas e o primeiro samba enredo da Ponte estava pronto para seduzir o povo nas arquibancadas na voz da saudosa Dunga. Assim nasceu a primeira Escola de Samba de Itaúna, que revelou grandes mestres do samba: Braguinha, Bimba, Paulino de Assis, Gilsinho, Paulão, o carnavalesco Carlos Veterinário, Fininho, Doura e uma leva de gente bamba que marcou o carnaval de nossa cidade. Impossível mesmo é lembrar o nome de todos aqueles, que sem dúvida como o saudoso Mário Coqueiro e o pai do Manoel da Zinha, através de vários sonhos sonhados, realizaram o primeiro desfile de uma Escola de Samba no Carnaval de Itaúna. Assim vieram outras Escolas de Samba: Zulu, que iniciou no nosso carnaval, como Tribo dos Zulus, Pães, Castores e Unidos da Ponte que continuou se destacando no carnaval itaunense. O osnofa se lembra de quando o Zulu saía no carnaval de Itaúna vestido como integrantes da Tribo dos Zulus; os Zulus vinham em volta de uma corda e circulavam por toda a Praça da Matriz e de quando em vez, o Vandão lá de Caxambu, que era o Bruxo da tribo botava pólvora em uma caveira de cabeça de boi, ou de vaca, como quiserem, colocava fogo e a fumaça espalhava pelos ares da praça, em pouco tempo o Zulu virou Escola de Samba, fortalecendo mais o carnaval de Itaúna - nesta época somente duas jovens participaram da Tribo dos Zulus, Beatriz Chaves e a irmã Meire Cléia. Cito alguns organizadores da tribo: Sérgio Lacel, Marcus Lacel, Sérgio Tarefa, Valmir Falcão, Ricardo Pinta, Vandão, Sebastião Santana, Délio Drummond, Dirceu Antunes e sua esposa Maria Augusta, Tondé e a família Quadros, Toninho Caramba e a família Freitas, Fábio Matos e a família Matos foram por longo tempo os organizadores e dirigentes da Escola de Samba dos Zulus, tanta era a vontade de fazer carnaval, pensando no futuro do nosso carnaval que os Zulus criaram os Biscoitinhos e o Clube do Zulu, a tribo cheia de encanto se vestia que nem a tribo africana, usavam grafite para escurecer a pele do corpo, saias e perucas de corda de bacalhau desfiada e adereços de ossos, assim ficavam caracterizados como verdadeiros Zulus.

Alguns destaques do nosso glorioso carnaval: Zé Carlos Biscoitão, Jô Frances, o famoso José Francisco, o costureiro Robertinho, filho do Zé Centerafo, não tem como esquecer o casal Sérgio Mamão e Maria Alice, paixão declarada publicamente pelo carnaval, qualquer boteco, qualquer roda de samba, e todos os desfiles de carnaval, presença constante, também o jornalista Juarez Heleno Campos, sempre no 318 para curtir o Esplendor e Gloria. Marina Dornas a mais linda madrinha de Bateria de todos os tempos do carnaval de Itaúna, com muito charme, beleza, elegância e samba no pé, sempre aplaudida, tirava o fôlego da galera da Rua Silva Jardim e da arquibancada; destaque da Perdição no carnaval o famoso Delcinho do Bar Último Gole; o amigo Taquinho da Viola, sempre valorizando o carnaval com sua coluna no Jornal Brexó; outro destaque famoso do Zulu o figurinista Rogério Duarte, filho do Tião Secreto foi estilista da escola por vários anos; o artista Plástico Fábio Scorza da Escola de Samba os Pães deixou boas lembranças e contribuiu com seu talento para o nosso Carnaval; outro destaque trazido a Itaúna pelo famoso colunista Social meu primo Adolfo Ozório, foi a mulher pelada da Perdição, veio da famosa Boate de BH - New Sagitarius e fez o maior sucesso no carnaval e desfilou os dois dias - no 1º dia literalmente pelada, o osnofa viu. Sucesso de apenas um carnaval o Bloco o Bando da Lua, do ameu amigo Sílvio Bernardes; presenças marcantes e inesquesíveis do nosso carnaval: o Sapateiro Almir Cabeludo sempre de Miss Itaúna, o mestre Regal do Bloco Eu Sozinho, desfilava junto com todas as Escolas de Samba e blocos, nas laterais das arquibancadas provocando um verdadeiro frenesi na cabeça das crianças e adultos na rua Silva Jardim e no local de desfile da Praça Dr. Augusto Gonçalves; o Regal sempre caracterizou personagens famosos como Charles Chaplin dando mais vida e alegria ao nosso carnaval; inesquesíveis os passistas da Escola Unidos da Ponte, os irmãos Dé e Tito e a tranquilidade do mestre Braguinha sempre na Unidos da Ponte.

O carnaval de Itaúna era top mesmo e no mês de fevereiro, turistas de todos os lados chegavam a Itaúna pra brincar e ver o nosso carnaval. E neste tempo o carnaval virou coisa séria, com arquibancada pra ver o desfile, jurados do nível da famosa Elke Maravilha e artistas das telenovelas da rede Globo para escolher a melhor Escola de Samba e o melhor Bloco do carnaval de Itaúna. A Escola de Samba os Pães, diretores Beethoven da Jóia e vários amigos, Dª Neuza Gonçalves, a filha Nora, Marcelo Dornas de Lima, o amigo Teodoro esteve várias vezes no comando da Escola; o artista plástico Fábio Scorza, Paulinho Lima do Condomínio, os netos da Dª Nair Coutinho, tinha muita gente de BH ligada ao Adelmo Percope, vinha o pessoal do Grupo Aruanda que eram amigos; e o Paulo Cesar Vale, Ângela e outros deram vida à Escola de Samba dos Pães, fazendo e acontecendo no nosso carnaval. Zulu, Castores e Unidos da Ponte, tiveram os seus dias de campeãs no carnaval. Ao lembrar-se da Escola de Samba Zulus tenho que citar novamente a madrinha de Bateria a linda, gloriosa, esplendorosa e mulher NOTA 10, a nossa Marina Dornas, assim que a bateria do Zulu chegava à praça subindo a Rua Silva Jardim, tendo à frente o mestre Heli Caroço - lá vinha ela, nossa Marina Dornas com toda a sua exuberância levantava a arquibancada com muito samba no pé e assim Marina Dornas virou referência do carnaval de Itaúna – que o diga o Taquinho da Viola.

Coisas boas de lembrar o nosso carnaval, a apresentação das Escolas de Samba estava a cargo do locutor o radialista da Rádio Clube de Itaúna Luziário Pinto, pai do nosso querido radialista da Radio Santana- FM, Luide Stefano, com o seu vozeirão anunciava a próxima Escola de Samba a desfilar na avenida; assim o locutor destacava cada escola com o seu bordão: “Ei-lo na avenida!” Unidos da Ponte, depois deste bordão a Escola de Samba anunciada começava a desfilar. Tivemos muitas famílias ligadas no amor pelo carnaval, destacamos algumas em nossas lembranças: destaque para a família Matos, todos músicos e apaixonados pelo Carnaval, o professor Ângelo Matos, carnavalesco nato, tudo fez pelo carnaval de Itaúna, quando parecia que o carnaval ia acabar, lançou uma campanha intitulada, “No Carnaval, viajar nem pensar!” e o carnaval voltou ao normal, criou força e encheu a Av. Jove Soares de muitas cores ao som de sambas e enredos e o carnaval de clube no Tropical arrebentou, foi só alegria. Os irmão, Ambrama, Fadibrama e Embrama, fizeram uma parceria na ala de compositores e revelaram seus talentos musicais para o carnaval; Valmir Falcão, Zulu de coração também fez fama no carnaval. Famosa ficou a dona Matilde, mãe do meu amigo Cláudio Colchão um dos fundadores do irreverente bloco caricato Pau de Gaiola, toda família transpirava carnaval. Dona Matilde foi costureira de várias Escolas de Samba. À família Quadros rendo minhas homenagens, a esta família literalmente carnavalesca, dormiam e acordavam fazendo carnaval, dona do Carmo, esposa do Sr. Adelino Quadros, toda a família transpiravam carnaval, uma referência justa do amigo osnofa ao Adelino Quadros Filho, carnavalesco de carne e osso, alma e espírito como nós e destaque da Escola de Samba Zulus. Saudade que dá gosto de lembrar a famosa Banda Suja trouxe mais alegria e irreverência ao carnaval de rua, na Praça da Matriz, na Praça da Estação e na Av. Jove Soares - valeu Adelino Quadros! Em Itaúna existiu e ainda existem várias famílias apaixonadas pelo carnaval e o osnofa rende mais uma vez a sua homenagem a quem fez e faz carnaval em Itaúna transformando os nossos sonhos, gente que fizeram Escolas de Samba e blocos transformando a nossa alegria em Carnaval. Pães, destacamos a Beleza incontestável da linda Raquel Dornas, hoje casada com Bruno Parreiras; Castores, Zulus e Unidos da Ponte, Escolas de Samba que trouxeram como destaque mulheres lindas em suas alas deixando saudade. A família Castro e Nogueira, saudosos carnavalescos Dr. Guaracy e Dona Ivete, os filhos Rodrigo, Patrícia, Eduardo, Alexandre e Virgínia, apaixonados pelo carnaval de Itaúna e pelos Castores.

A Praça da Matriz tinha lá o seu charme antes de começar os desfiles, em um carro alegórico vinha o corso conduzindo a corte Momesca, o Rei Momo acompanhado da Rainha e Princesas, ao som de marchinhas de carnaval, executadas por músicos itaunenses, Sr. Freitas pai do amigo e carnavalesco Toninho Caramba, Zulu de coração e o irmão Zé Maria, o memorável e inesquecível Antônio Alexandre, criador do famoso Bloco dos Brasas; os irmãos Dante Matos e Mineirinho da rádio Clube AM, Capanema, Doca e outros músicos que embalaram o nosso carnaval com as saudosas marchinhas como: Boi da cara preta, Me dá um dinheiro aí, Pó de Mico, Máscara Negra, Bandeira Branca, Olha a cabeleira do Zezé, Com jeito vai, Olha o Bloco do Sujo, Saudosa Maloca, Acorda Maria Bonita. Cidade maravilhosa e outros sucessos do Carnaval da época.

Tivemos os nossos Blocos de Carnaval na mais lúdica folia, na rua São Vicente, dois famosos Blocos de Carnaval da maior qualidade: os Terríveis e os Cuecões. Os diretores dos Cuecões, Bolão, Carlinhos da Prefeitura e Mestre Pimenta; em nome de todos os carnavalescos de Itaúna faço a minha homenagem ao Mestre Pimenta, vai gostar de carnaval assim no Rio de Janeiro, mais Hélio Panela, Flavinho, Cizil, Tilinho e Paulo Maçã de Peito.

Os Terríveis, tenho boas lembranças da memóravel Rua São Vicente, Júlio Taxista, Hélio Panela, a familia do Heleno Mampu, a família do Zequinha da Rua São Vicente, familia Salomé, Vandão da Sapataria Ideal; os Terriveis deram um show no carnaval. Também o Xavaca do Manoel da Zinha e da esposa Rosilane deixaram saudade. Diretores do Xavaca: Marcos Penido, Zé Guilherme, Magnus Corradi, Sérgio Penido, Pantera, PJota, Cícero Franco e Taco Major do Exército; as cores do Xavaca eram vermelho e branco; lembro um desfile a comissão de frente do Xavaca com uma beca impecável bem em frente a comissão de jurados deixaram suas cartolas no chão e sentaram sobre elas amassando-as em frente ao palanque de jurados - isto aconteceu na Praça da Matriz.

A Pomba Rolla, os filhos do Sr. Wilson Mendes e Dona Vivi, e os filhos do Toninho Dornas e Dona Ivone e vários amigos fizeram a Pomba Rolla voar; os diretores e organizadores desta grande folia, Abelardo, Zé Walter, Walace, Anatólio, André Lima, Maurício, Giovanni Vinicios, (Cosminho), Jefinho e Reinaldo; treis sambas que marcaram a Pomba Rolla, que mostraram a cara e o tamanho da sua irreverência: “Pomba Rolla voou atraz da mulherada”, a Pomba Procura Busqueta” e finalmente a Pomba entra com bola e tudo no Mundial”; destaque para o Araquem figura que fazia comercial da Copa do Mundo, personagem representado no carnaval de Itaúna pelo meu amigo Argeu que mora na Rua Coronel Laurindo, cena do desfile: uma partida de futebol, a hora do Penalte, trave com rede e um time de futebol, misturando homens e mulheres; Smene, amiga da minha irmã Márcia Fugita, ambas Pomba Rolla de carteirinha; Márcia foi quem colocou a bola na marca do penalte, Smeni bateu e a bola pra alegria do goleiro, bateu na trave e foi parar na arquibancada, um lançe inesquecível.

Perdição, uma Escola de Samba que arrepiou, fez barulho e aconteceu no carnaval de Itaúna, diretores: Tulão, P.Jota “Paulo Júnior”, Zaninha Herculano, Rodrigo Parreiras, Tumazinho, Manoel da Zinha e Rosilene, destacando a maravilhosa Raquel Marques como Madrinha de Bateria, com sua beleza exuberante. Segundo o inesquecível Mangueirense Jamelão, em resposta a uma entrevista a repórter Glória Maria, da Rede Globo, “em Escola de Samba não tem puxador, tem é interprete”, e o interprete do samba da Perdição foi o famoso Ricardo Sandubinha, gente da maior envergadura e um dos sambas de maior sucesso da Perdição, foi sem duvida este: “Amor apoteótico, 28 dias só 4 de alegria, uma alusão a mestruação”, quanta irreverência. Manoel da Zinha e a Perdição deixaram o seu recado, finalizando nossa prosa “o carnaval ou qualquer competição, que o resultado se repete, está fadado ao fim”, e convida a todos que gostam de um bom carnaval, venham curtir a bateria da Perdição nos dias de carnaval lá no Condomínio Lago do Sol. Manoel da Zinha é filho do Manoel de Sousa Ribeiro e Dona Zinha, o conhecido e saudoso Manoezinho Mecânico, que citei no início do meu causo, juntamente com o amigo Mário Coqueiro fundaram a Escola de samba Unidos da Ponte - tem razão o Manoel da Zinha gostar tanto de carnaval.

O Sai da Reta, concentração na casa do Jubitão, famoso amigo Lauro do Jubito, música ao vivo com instrumentos de sopro, surdo e tamborim, animando o carnaval. Diretores: Soraia e Marcus Leão, José Lúcio e Mônica, Fábio Matos, Ângelo Matos e com certeza toda a família Matos, homenagem do osnofa ao tio Dante da família Matos, carnavalesco e compositor de várias marchinhas de carnaval que eu cheguei a conhecer.

O bloco dos Brasas, da familia do músico Antônio Alexandre, outro apaixonado pelo carnaval de Itaúna, rendo minhas homenagens a amiga Marlene Alexandre, a primeira mulher a tocar um instrumento na bateria de um bloco de carnaval; no dia do desfile lá vinha a Marlene tocando o surdo fazendo a marcação da bateria do Bloco dos Brasas, e o Itamar Alexandre levando a bateria no apito, o Mauro arrebentava no tamborim, o osnofa e o Tônico da Cemig, durante o desfile circulando de diretoria. Os Brasas, tantas vezes campeão do carnaval e Bateria Nota 10, Bloco dos Brasas alegria da família Alexandre; um samba que ficou na minha lembrança, uma versão do samba enredo do Bloco carnavalesco do Rio de Janeiro, Bafo da Onça, os Brasas cantavam assim o seu Samba enredo: “olha o Bloco dos Brasas, vem batendo na lata, alegria barata, carnaval é pular...”.

O Bloco Lobão, do Bairro da Piedade, do meu amigo Teinha, também deixou saudade de um bom carnaval. O Bloco Brexó, literalmente irreverente também deixou saudade carnavalesca, diretores: Célio Silva, Huáscar Soares Gomide, Marcos Pércope, Marco Túlio Gonçalves, Penado, Rodrigo Tormim, Orácio Tormim, Marcinho Mamá MMM, Ronaldo e Afonsinho, compositor oficial o Carnavalesco Ângelo Matos, também conhecido como AMBRAMA, fez um samba que ficou na história no carnaval dos brexoenses: “bateria marcação do coração, canta gente, canta num grito só, todo mundo é amigo no Brexó”. Também outros sambas como, “Quem Delfim na Grana” (Helder Gomide desfilou de Delfim), “É Sem Condições”, onde a nossa querida Sem Condições, na maior categoria vestida de baiana foi aplaudida de pé nas arquibancadas. Saudade destes bons tempos do carnaval de Itaúna ficaram pra sempre.

Demorô de Santanense, demorou mais chegou e fez bonito no carnaval de Blocos e escolas de Samba em Itaúna; impecáveis os desfiles do Demorô, ficaram na nossa memória para sempre, o Bloco de carnaval de Santanese, levantava o povo na arquibancada, enchiam os olhos de alegria com a competência e qualidade nos desfiles do Demorô, foi tão bom que passou a ser Escola de Samba.

Itaúna teve até o Carnaval da meningite, com o bloco Biscoitinho criado pela Escola de Samba Zulus, os Pães da turma do Teodoro também estavam no carnaval da meningite, parece que foram os únicos a saírem no carnaval de 1975 - sinal que amamos e gostamos mesmo de carnaval.

Trio Elétrico Allfaces, nas tardes de todos os dias do carnaval, lá na Praça da Estação e a noite o memorável desfile; “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu” o Allfaces continua levando milhares de foliões, e sair atrás do trio elétrico é bom de mais. Hoje Ricardo da Zona Franca, Rogério Rabello e Vinícius Regal estão no comando do Allfaces, e sairão sábado e segunda de carnaval, com uma estrutura para 2.000 pessoas ou mais, venham sair atrás do Trio Elétrico. A novidade este ano, o Allfaces está estreando o próprio Trio Elétrico, realizando e justificando a paixão pelo carnaval de Itaúna.

Uma lembraça inesquecível é a Fundação de Cultura no Carnaval de Itaúna, para os críticos pensarem antes de criticar, bem ou mal fizeram os melhores carnavais de Itaúna; o Secretário de Cultura e Professor Marco Elízio Chaves Coutinho, conseguiu reunir todos aqueles jovens intelectuais de nossa cidade e expressar nossa cultura através do carnaval.

O carnaval de Itaúna passou por suas transformações: saiu da Praça da Matriz e foi para a Av. Jove Soares. Lugar ideal para o carnaval arrebentar e a Av. Jove Soares, foi o point do carnaval, mas num certo dia tudo terminou ali; e os desfiles de escolas de sambas e blocos acabaram para a tristeza de todas as famílias itaunenses que amam o carnaval, assim os nossos sonhos criaram asas e voamos para os bairros, dando vida ao carnaval novamente.

Os Farrapos se foi, deixou várias e boas lembranças, da Praça da Lagoinha para a Praça da Matriz e depois para a Jove Soares; garanto que a minha e a sua geração, sairam e curtiram muito os Farrapos da Lagoinha, irreverência total, graças aos carnavalescos, Valtinho da Lagoinha, Maurino da Barragem, Mampu, Buzina, Zezinho Parreiras e o comerciante Hélio Salera, rendo minhas homeagen a cada um componete e antigos diretores do Bloco dos Farrapos, do Zé Alves da Dimacol ao Jairo do Bisay Veículos, todos cheios de amor pelo Carnaval de Itaúna. “Chiquita Bacana” lembro o amigo Elizeu da Rádio Clube, pai do professor Elimar, da profesora Elbia, ele sempre no bloco dos Farrapos dançando com uma boneca de pano, uma sena extremamente linda e lúdica; e inesquecível do nosso carnaval, assim o Bloco dos Farrapos se foi deixando saudades e ficando como refêrencia indiscutível do nosso carnaval; nestes tempos Itaúna viveu um dos melhores canavais de Minas Gerais.

Como ninguem queria deixar o carnaval acabar, nasceu o Esplendor e Glória no Bar 318, do saudoso amigo Élcio e o irreverente Tadeu Nolasco General da Banda montou lá o seu Quartel General, e os organizadores da banda; Tadeu Nolasco, José Mauro Gabino, Tilinho e o irmão Alexandre, Dirceu Antunes, Rodrigo de Castro Nogueira, Flavinho, Bolão, Nelsinho Cufe Cufe, Élcio Poita, Calouro, Rabelo e Ângelo Ferreira. O 318 tem fama de ter realizado realmente o melhor carnaval de Itaúna, juntamente com a Banda Esplendor e Glória e quando juntavam por lá estes baluartes do Samba, Taquinho da Viola, Braguinha da Unidos da Ponte, Flavinho, Grupo Conversa Fiada, Tilinho e Alexandre, Calouro, Angelo Ferreira, Generoso da Unidos da Ponte, Mestre Bimba, Braguinha e Gilsinho da Unidos da Ponte, Ângelo Matos, Fabio Matos, Rogério Matos, Daniel Matos, Gláucia Matos e o marido Armando, Vicente Rosa e a esposa Elizabete Dornas, Hélio Panela, Ralfe, Zequinha dos Terríveis, Sérgio Mamão e a esposa Maria Alice, Bolão dos Cuecões... O osnofa ficava admirado de ver, esta turma tem samba pra tocar 4 dias e quatro noites de carnaval; e a Banda Esplendor e Glória continua fazendo Carnaval, agora no espaço 199 no Bar do Jance, tocando e cantando samba de primeira quailidade. Como diria o meu amigo Juarez Abreu, que categoria do nosso Carnaval, nota 10.

A Perdição da Nobreza, bloco ireverete criado pelo carnavalesco Hélcio Poita, Flavinho e Bolão, concentração no antigo Casa Nobre, também deixou saudade no nosso carnaval, horário de desfile o mesmo da Banda Esplendor e Glória; suspense no momento do encontro das duas bandas, alguém achava que o pau ia quebra, mas o espírito do carnaval foi além do que se imaginava, as duas bandas passaram uma dentro da outra com respeito e harmonia total, nem um arranhão e nem um empurrão, foi só alegria e carnaval.

Nos anos 80 surgiu o glorioso Pau de Gaiola prescisamente no ano de 1981. Alguns sambas do nosso Pau de Gaiola, ficaram na história autoria de osnofa e Ambrama. “A Zélia não teve a menor vaidade, passou a mão na poupança e ficou à vontade”, “Noé que viu o Celserino, curtinho um bom carná, mudaram osmandu de campo e o Pau de Gaiola não pode parar”, “deu tiririca no pau”... O Samba deu rock na prefeitura é uma criação do memoravel Valmir Falcão, que sempre participou da folia no Pau de Gaiola juntamente com seus filhos, um pedacinho do samba é bem assim: “a mamata é uma gustusura, viva a sindicância, deu rock na Prefeitura”. Assim é o Pau de gaiola do Afonsinho filho do Afonso Carteiro, do Marquinho do Xadrez, Bulu do ISS, Gamela da Banca, Couchão filho da dona Matilde, Huáscar do Brexó, Kandolê filho do Biscoitão, Mute pintor irmão do Kandalo, Delmar Parreiras e filhos, Tulão filho do Deco do Totó, Bachola filho do Tonico do Dâmaso (Tonico Dama), Marquinho Beghine filho da dona Edimeia, Celinho do Foto Max, Ibituruna filho do Inhuca Sapateiro, Tadeu irmão da Taninha, Isabel de Santanense, os irmãos Dalcinho e Pacote, lembranças da Choperia da dona Vavá na Logoinha, saudades da dona Vavá, Jorge, Stefano, Gunar e Dida e o famoso bar do Sandoval 24 horas, sempre referencia para a folia do Pau de Gaoila, agora no comando o amigo Delmar Parreiras, Matheus Corradi, Maisagito Itaúna e Washington Damião; lembramos com saudade, Bachola, Zé Tingué (Zezinho Corradi) e irreverente Tadeu irmão da Taninha, Kandolé e Ibituruna.

A Banda Suja do Adelino Quadros ficou na saudade dos bons canarvais, o Tutu dos Garcias está aí fazendo o seu carnaval, as Virgens do Padre Eustáquio sempre virgens, no comando Vilmar, Rosse, Nicola e Cia; o Babaloo de Santanense tem muita histórias pra contar; as Piedosas do Danilo Lopes, sem duvida deixou saudade; as Delurdes da amiga Bina tambem deixou saudades... Ah, o bloco do Pijama vai fazer uma noite de carnaval inesquecível lá no Aleiliuah, lembrando os carnavais de marchas e sambas erredos - vamos prestigiar.

Finalizando...

O osnofa lembra-se do carnaval Itaunese, da Fundação de Cultura, do Miss Itaúna, do Bloco eu Sozinho, da madrinha de bateria do Zulu Marina Dornas, o Bloco dos Farrapos, os saudosos blocos de carnaval, as Escolas de Samba, o carnaval dos Clubes, Automóvel Clube, União, Clube da Fábrica, Clube dos Tecelões, Clube dos Pretinhos (Flor do Momo, com a famosa banda Itasom do Júlio) e Grêmio de Santanense. Um tempo onde o lança perfume era apenas um adereço da folia de momo. O samba continua mandando o seu recado, que nem o saudoso Bloco dos Brasas com o repique do surdo da minha amiga Marlene Alexandre Dornas e por hoje chega, um dia ainda vou escrever sobre as indas e vindas da gente do carnaval de Itaúna, simpatizates de um espetáculo fenomenal que nem o carnaval do Rio de Janeiro, isto fica para o osnofa contar em outro causo.

Osnofa agradece o apoio cultural da Loja Chichico Saldanha!

Afonsinho
Enviado por Afonsinho em 27/02/2014
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